Nesse sábado (29) foi formada a Comissão de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (CPDH), vinculada ao Vicariato para Ação Social, Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória (Aves), coordenado pelo padre Kelder Brandão. Segundo o militante do Centro de Apoio aos Direitos Humanos (CADH) e coordenador provisório da Comissão, João José Barbosa Sana, a iniciativa tem como alguns de seus objetivos denunciar violações de direitos humanos e atuar em conjunto com entidades da sociedade civil na defesa desses direitos.
“A Comissão tem a missão profética de defender um mundo de justiça, fraternidade e solidariedade. Busca denunciar tudo que exclui, maltrata e fere a dignidade humana. Estamos em sintonia com o Papa Francisco, em defesa de uma Igreja em saída, incorporando o diálogo com os movimentos, denunciando a criminalização”, afirma João José.
O coordenador relata que em 2017 o Papa Francisco fundiu os conselhos pontifícios de Justiça e Paz, Caridade, Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, e Pastoral do Campo da Saúde, criando o Dicastério para Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. João José recorda que o conselho pontifício de Justiça e Paz foi o que deu origem à Comissão Brasileira de Justiça e Paz e às Comissões de Justiça e Paz (CJP) nas dioceses e arquidioceses.
A CJP, fundada em 1977 na Arquidiocese de Vitória,
foi extinta em 2018 pelo então arcebispo metropolitano de Vitória Dom Luiz Mancilha. “Como a CJP foi extinta, seguindo os passos de Roma, Dom Dario decidiu criar a Comissão de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana vinculada ao Vicariato, articulada com outros mecanismos, como a Rede Brasileira de Justiça e Paz e o Conselho Nacional de Leigos e Leigas”, ressalta João José.
Segundo ele, a coordenação da Comissão é provisória, até que seja feito um planejamento estratégico e elaborado um regimento interno, possibilitando a eleição de uma nova coordenação colegiada para oficializar a criação da CPDH. Além de representantes de profissionais de diversas categorias, pesquisadores, agentes de pastoral e movimentos, também integrarão a Comissão seis representantes indicados pelas áreas pastorais da Igreja.