Empresa chinesa Huawei fornece uma solução 5G completa
Os EUA viraram o maior mercado para a sueca Ericsson, por conseguinte, o país começou uma campanha de boicote à Huawei, com acusações de que a empresa chinesa roubou propriedades intelectuais de empresas norte-americanas, pois a Huawei é acusada de vender produtos com tecnologia norte-americana a países que sofreram embargo dos EUA, como Irã e Coreia do Norte.
Outra acusação dos EUA é que a Huawei é pressionada pelo governo chinês para espionar outros países, e muito se diz que tais acusações norte-americanas vêm do medo da expansão da Huawei, sobretudo na tecnologia 5G, a nível mundial, e então aparecem estas tentativas de boicote à empresa chinesa.
Contudo, temos as empresas gigantes de celular como Telefônica e Vodafone, cujos presidentes disseram que se basearão em fatos e não em especulações para tomar suas decisões a respeito da Huawei. De outro lado, o que na verdade acabou sendo constatado foi que a NSA (Agência Nacional de Telecomunicações), segundo documentos vazados pelo Wikileaks, é que os EUA é que invadiram os sistemas da Huawei.
Os EUA, na verdade, estão preocupados com a dominação chinesa nas áreas de telecomunicações e inteligência artificial. O medo é do avanço chinês na infraestrutura das telecomunicações a nível mundial, o que é um meio dos chineses terem acesso a dados importantes, tanto para estratégias como também de mineração de dados de comportamentos das pessoas.
Os EUA, nesta guerra contra a Huawei, também tomou medidas como a negação do sistema Android à Huawei, assim como a proibição do processador ARM. Com esta guerra travada do 5G por EUA e China, isto envolve um mercado que pode chegar a 48 bilhões de dólares em 2027, gerando trilhões de dólares através da produção econômica pelas redes 5G que serão instaladas.
O 5G aumentará a velocidade da internet de modo que a lentidão que pode ocorrer em aplicativos, como videoconferência, jogos online multiplayer, serão solucionados, pois cobrirá uma área muito maior com alta velocidade e nos dispositivos móveis, que hoje são massivamente utilizados pelos consumidores.
O 5G ainda permitirá o desenvolvimento tecnológico de carros sem motorista, e a internet das coisas logo será uma realidade, em que todos os gadgets se comunicarão pela internet sem fio, quando teremos uma facilitação e uma melhor eficiência, que será o avanço para um modelo de cidades inteligentes, com sistemas de infraestrutura integrados que envolverão a eletricidade, semáforos, água e sistemas de esgoto.
Diferente do 3G e do 4G, o 5G poderá viajar por longas distâncias, sem tantos saltos através de repetidoras, células ou antenas, pois a rede poderá oferecer, por exemplo, a mesma velocidade de uma rede de cabo de fibra ótica, só que sem a necessidade de um custo de cabeamento físico, atingindo regiões rurais e mais remotas, por sua vez, com internet de alta velocidade e com custos baixos.
Tendo a Huawei que mudar o sistema operacional móvel Android do Google e vários aplicativos que rodavam no topo do sistema Android na loja de aplicativos do Google (Play Store), a empresa chinesa já havia se antecipado criando seu próprio sistema operacional, o HarmonyOS, e também sua própria app store.
Por fim, nesta concorrência toda, que muitos chamam de guerra tecnológica, a Huawei fornece uma solução 5G completa, de redes a telefones celulares 5G, e tem capacidade de instalação muito mais rápida que outras empresas, e a Huawei ainda possui um mercado doméstico maior do que todos os outros mercados 5G do mundo, e com isto a expansão da empresa pode ser facilmente impulsionada a partir da concretização da tecnologia 5G no mundo.
Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
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