‘Cemitério das Almas Perdidas’ é uma fábula épica de terror de Rodrigo Aragão, cineasta de Guarapari reconhecido internacionalmente
O cineasta de Guarapari Rodrigo Aragão vem se destacando ao longo dos anos e ganhando espaço a nível internacional no ramo do cinema fantástico e de horror. Seu mais novo trabalho, Cemitério das Almas Perdidas estreou no último feriado numa sessão Drive-In em São Paulo, seguida de disponibilização online como filme de abertura do CineFantasy 2020, um dos mais importantes no gênero fantástico na América Latina.
O sucesso foi grande e a obra voltará a ficar disponível para ser assistida entre entre meio-dia e meia- noite de domingo (13), mediante assinatura da plataforma do Cine Belas Artes, que custa R$ 9,90 mensais e dá acesso a diversas outras obras do catálogo, incluindo a programação do Cinefantasy, que conta com a Retrospectiva Rodrigo Aragão, disponibilizando várias outras obras do cineasta capixaba.
Uma fábula de terror épica, Cemitério das Almas Perdidas conta a história de um grupo de padres jesuítas que vem para o Brasil trazendo o Livro Negro de Cipriano, que contém rituais de ocultismo e magias. É o mesmo livro que aparece na obra anterior de Rodrigo Aragão, A Mata Negra, mas agora mostrando as origens da chegada da obra ao País.
O filme mostra uma jornada de terror no Brasil colonial diante de um massacre contra os povos indígenas originários, que termina com a maldição sobre os padres que os faz ficaram presos num cemitério. Em narrativa paralela, porém conectada, a trama entra nos tempos contemporâneos mostrando um grupo de teatro mambembe que produz um espetáculo de terror e acaba tendo que entrar neste cemitério amaldiçoado.
Com orçamento de R$ 2,1 milhões, a obra dirigida por Aragão e produzida pela Fábulas Negras Produções é a maior já produzida no cinema do Espírito Santo. Os recursos foram provenientes de editais da Secretaria de Cultura do Espírito Santo (Secult) e da Agência Nacional de Cinema (Ancine).
A obra foi filmada em estúdio instalado num galpão na Praia do Morro, em Guarapari, onde foi feito o set, que depois das filmagens foi transformado temporariamente no Museu dos Monstros, reunindo a cenografia original e diversos dos monstros produzidos pelo cineasta ou para seus filmes, que depois circularam por exposições itinerantes.
Rodrigo Aragão conta que o filme começou a ser escrito em 2002, mas sua pré-produção teve início há cinco anos, com seis meses de construção de cenários e dois meses de filmagem. O cineasta lamenta que com a pandemia, o filme, que foi filmado com alta resolução e qualidade de imagem, não poderá estar nas salas de cinema. Porém, vem se adaptando às estratégias do momento, com as sessões pela internet e também as por cinema Drive-In, no qual os espectadores comparecem em carros estacionados ao ar livre. A produtora inclusive está articulando uma sessão para ser realizada neste formato no Espírito Santo.
AGENDA CULTURAL
Filme “Cemitério das Almas Perdidas”, de Rodrigo Aragão
Quando: disponibilização no domingo, 13 de setembro, de 12h às 0h
Onde: Plataforma online do Cine Belas Artes
Quanto: Assinatura mensal (R$ 9,90) ou anual da plataforma