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Território demarcado

Já de olho em 2022, partido de Casagrande só não participa da eleição em três dos 78 municípios capixabas. São 38 nomes e 37 alianças

Leonardo Sá

Com o projeto de manutenção de 2022 já em curso, o partido do governador Renato Casagrande, o PSB, apresentou candidatos a prefeito este ano em 38 dos 78 municípios capixabas, como mostram dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em outros 37 está em palanques compondo alianças, alguns na vaga de vice, para ampliar o movimento de delimitar território para as próximas eleições ao Palácio Anchieta que, embora pareça ainda distante, são tratadas há meses por lideranças políticas do Estado. Também nessa “pegada” rumo a 2022, o PSB mantém, em municípios estratégicos, como Vitória e Cariacica, na região metropolitana, mais de uma candidatura aliada. Na Capital, tem o vice-prefeito Sérgio Sá (PSB), rompido com o prefeito Luciano Rezende (Cidadania), que por sua vez é ligado ao governador e quer eleger de todo jeito o deputado estadual e correligionário Fabrício Gandini. Em Cariacica, o mesmo se repete com Saulo Andreon, apoiado pelo PSB, e o deputado estadual Euclério Sampaio (DEM), cuja candidatura evidencia todas as digitais de Casagrande. Mas e as três cidades restantes, para fechar a conta? Pois é, algo deu errado no caminho, e o PSB ficou de fora das eleições em Bom Jesus do Norte, Iúna e Presidente Kennedy – este último, de fato, um “campo minado”. Lembrete: em 2016, governo de Paulo Hartung, o partido apostou em mais candidaturas de correligionários, com 52 ao todo, e elegeu seis. Agora, os concorrentes têm a seu favor o investimento da máquina e o projeto político de Casagrande.

Reeleição
A conta de seis prefeitos do PSB passou para 13 este ano, resultado de trocas partidárias. Estão na disputa à reeleição: Fabrício Petri, em Anchieta; Victor Coelho, em Cachoeiro de Itapemirim; Dr. Fernando, em Alfredo Chaves; Eleardo Brasil, em Divino São Lourenço; Cacau Lorenzoni, em Marechal Floriano; Felismino Ardizzon, em Rio Bananal; Hilário Roepke Gatinha, em Santa Maria de Jetibá; e Vavá Coutinho, em Santa Leopoldina.

Reeleição II
Outro desse bolo é o prefeito de Conceição da Barra (norte do Estado), Francisco Bernhard Vervloet, o “Chicão” (PSB). Ele acaba de retornar ao cargo após sua cassação em março deste ano, porém, não se livrou da suspensão de seus direitos políticos. A chapa está no sistema do TSE, mas…pode não vingar.

Palanques próprios
Em Afonso Cláudio, o PSB vai de Márcio CDA; Águia Branca (Carlim Kubit); Baixo Guandu (Agnaldo Felix); Brejetuba (Professora Ediane); Conceição do Castelo (Valber Vargas Valbinho); Ecoporanga (Zé Luiz); Fundão (Gil); Governador Lindemberg (Paulo Coradini); Guaçui (Paulinho Vitalino); Guarapari (Gedson Merízio); Jaguaré (Luciano Laquini); e Laranja da Terra (Joadir Lourenço)…

Palanques próprios II
…completam o time Mantenópolis (Geraldinho); Marilândia (Gutim); Montanha (André Sampaio); Murici (Bolota); Muqui (Cacalo); Nova Venécia (Edson Marquiori); Pancas (Claudio Eggert); Piúma (Moacir Lima); Ponto Belo (Jaiminho); Rio Novo do Sul (João Martins); Santa Teresa (Claumir Zamprogno); São Gabriel da Palha (Valdecir Cezar); São José do Calçado (Cuíca); Vila Pavão (Bolinha); e Serra (Bruno Lamas).

Corda bamba
Voltando a Conceição da Barra, outro pré-candidato que ainda precisa superar obstáculos para entrar na disputa é o ex-prefeito Manoel Pé de Boi (Cidadania). Ele esbarrou em problemas relacionados à prestação de contas da campanha de 2018, quando disputou a Assembleia. Assim como Chicão, o nome dele está no sistema do TSE. Mas…(de novo)

Devagar, quase parando
Há muitos dias com sessões curtas e nada atraentes, o que irá certamente piorar agora com o início da campanha eleitoral, a Assembleia Legislativa tem 11 deputados-candidatos. Muitos interesses em jogo, corrida atrás de votos, e o cenário na Casa se repete, como em todo ano eleitoral. Aliás, com uma diferença…com essa história de sessão híbrida, tem parlamentar que fica conectado, mas não necessariamente presente.


Raio-x
São três os nomes que disputam na Capital – Capitão Assumção (Patri), Lorenzo Pazolini (Republicanos) e Fabrício Gandini (Cidadania) -; três na Serra – Alexandre Xambinho (PL), Bruno Lamas (PSB) e Vandinho Leite (PSDB) -; um em Vila Velha, Hudson Leal (Republicanos); outro em Cariacica, Euclério Sampaio (DEM); e um também em Guarapari, Carlos Von (Avante). 

Raio-x II
Os outros dois são no interior. Marcos Garcia (PV), candidato em Linhares, e Enivaldo dos Anjos (PSD) em Barra de São Francisco. Os dois têm o PSB de Casagrande em seus palanques.

Plágio
Por falar em Assumção, ele acusa seu inimigo da greve da Polícia Militar, Coronel Nylton Rodrigues (Novo), de plágio. Os dois estão com slogan de campanha “Vitória merece mais”. No começo, como diz, o coronel usava “Um jeito novo de fazer política”.

Arena da greve
Um tempão atrás, falei aqui de a disputa à prefeitura repetir, com os dois, a arena da greve de 2017. Nylton é ex-comandante da Polícia Militar e ex-secretário de Segurança Pública de Paulo Hartung, portanto, opositor de Assumção há anos. E vice-versa. Pois bem, começou…

PENSAMENTO:
“A política é a ciência das exigências”. Lajos Kossuth

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