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‘Aulas presenciais não retornam em 2020’, anuncia prefeito de Colatina

Sérgio Meneguelli afirmou nesta terça que retorno acabaria com o isolamento total na pandemia

O prefeito de Colatina, Sérgio Meneguelli (Republicanos), anunciou por meio de vídeo em suas redes sociais que as aulas presenciais não retornarão no município. “O ano letivo termina em 23 de dezembro junto com a rede estadual, mas da forma que está sendo feito desde abril, ou seja, ensino através da internet, professor dando assistência ao aluno”, informou. Ele afirmou ter tomado a decisão com base na opinião da maioria dos pais e professores.

Segundo Sérgio Meneguelli, retornar às aulas presenciais significa acabar com o isolamento total na pandemia do coronavírus. “É impossível impedir que uma criança que vai ter contato com colegas e professores não tenha com aqueles que estão se resguardando, respeitando a quarentena”, afirma. O prefeito garante que os alunos não serão prejudicados e parabenizou os professores. “Estão fazendo o máximo e merecem todo aplauso da população colatinense”, destaca.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Colatina e Governador Lindemberg (Sispmc), pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Educação de Colatina (Semed) mostrou que 73,7% dos pais não enviariam seus filhos à escola caso o Governo autorizasse o retorno às aulas presenciais sem vacina, como agora. As famílias destacaram o medo de contaminação no interior da escola ou no trajeto e a preocupação com a saúde de pessoas do grupo de risco que moram na mesma casa que os estudantes. 
Para a entidade, “o município não está preparado para o retorno das aulas: o transporte público é precário e não daria conta de transportar os alunos sem causar aglomeração e as prefeituras não terminaram as licitações para os EPIs [Equipamentos de Proteção Integral] ou começaram a testagem dos alunos servidores da Educação”. O sindicato destaca, ainda, que “se as aulas retornarem, teriam apenas poucos dias letivos, visto que para ter um dia letivo seriam necessários de 2 a 3 dias de aula com cada parte da turma. Sem falar que a carga horária dos professores aumentaria, pois teriam que dar aulas presenciais e remotas, uma vez que o retorno dos alunos às escolas não é obrigatório”.
O Sindicato também informa que a Semed realizou um questionário com os servidores da educação. “A maioria, cerca de 80%, é contra o retorno das aulas presenciais e considera que é melhor terminar o ano letivo dando continuidade às Atividades Pedagógicas Não Presenciais”, informa. 
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Ildebrando Paranhos, afirma que o prefeito de Fundão, Joilson Rocha Nunes, o Pretinho (PDT), também afirmou que as aulas presenciais não retornam no município, mas não há nada oficializado. A secretária de Educação, Magda Luíza Bertolini Tótola, por meio de suas redes sociais afirmou que “as aulas presenciais, na rede pública municipal de Fundão, estão suspensas até dezembro. Estamos aguardando a oficialização tanto de Colatina quanto de Fundão em portarias no Diário Oficial”, acrescentou.
O retorno ao ambiente escolar foi autorizado pelo governo do Estado nos municípios classificados como risco baixo no Mapa de Risco a partir do próximo dia cinco para a rede privada e no dia 13 para as redes públicas estadual e municipais. As decisões nas redes municipais, no entanto, cabem às prefeituras. Segundo o 24º Mapa de Risco da Covid-19, somente três não atendem a essa condição: Montanha, Piúma e São José do Calçado, que estão em risco moderado. 
O ensino médio será o primeiro a voltar na rede pública, com metade dos alunos na primeira semana e a outra metade na semana seguinte. Feita uma avaliação do impacto, retorna o fundamental 2, também em duas etapas; seguido do fundamental 1; e por último, a educação infantil, esta, porém, de forma diferente, apenas com pequenos grupos de crianças por vez. Todo o processo deve durar seis semanas.

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