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​A pandemia não acabou

Próximo do retorno autorizado pelo governo do Estado, pais e professores refutam reinício das aulas na rede municipal

A Prefeitura de Vitória finaliza nesta sexta-feira (9) uma pesquisa para embasar a decisão sobre o retorno às aulas presenciais neste ano, suspensas desde março em decorrência da pandemia do coronavírus, cujo número de mortes já se aproxima dos 150 mil no Brasil. A pesquisa vem junto à informação de que, nos últimos dias, a Capital registra redução de casos fatais, mas, nem por isso, esse fato deve ser motivo para incentivar a reabertura das escolas.

A decisão segue na esteira da autorização dada pelo governo do Estado que permitiu a retomada das aulas presenciais na rede privada desde o dia 5, e na escola pública, a partir da próxima terça-feira (13). O ato provoca polêmica, com a intensificação de protestos e manifestações contrárias, incluindo ações judiciais.

O governo é alvo de pressões de toda espécie, mas, no entanto, é bom lembrar: a pandemia do coronavírus ainda não acabou. Pelo contrário. Em momentos como esse, o mais acertado, tomando como exemplo ocorrências em outros centros urbanos, no Brasil e no exterior, é aguardar o período em que o avanço da Covid-19 esteja, de fato, mais controlado. Não deve ser esquecida a posição do Espírito Santo no ranking nacional, que passou de “em queda” para “estável” , revelando um recrudescimento no número e mortes.

Nesse quadro, surge em boa hora decisão unânime do Conselho de Educação de Vitória (Comev), ao aconselhar que as aulas presenciais não devem ser reiniciadas na rede municipal de ensino em 2020, dependendo, agora, da decisão da prefeitura para definição da questão. Espera-se que a Capital siga outros cerca de 50 gestores  municipais do Estado, que como apontam entidades, já anunciaram retorno presencial somente em 2021, incluindo, na região metropolitana, Serra e Cariacica.

Professores e pais de alunos reforçam que a decisão terá que ser pautada em dados concretos, a serem revelados na pesquisa, nos números das autoridades sanitárias e, acima de tudo, no bom senso, considerando inclusive a evidência de que esse ano letivo já está comprometido e falta pouco tempo para seu encerramento. 

Uma decisão equivocada poderá resultar em mais casos e vidas perdidas para a Covid-19, o que pede repetir a pergunta que tem sido feita exaustivamente, sem resposta: “Quem vai se responsabilizar?”.

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