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Aumentos da positividade e da média móvel de mortos acendem alerta, diz Casagrande

‘Mapa quase todo verde não significa falta de risco’. Nas escolas, baixa adesão de alunos suspende revezamento

Aumento das médias móveis de óbitos de sete e quatorze dias, aumento da positividade nos testes feitos no Laboratório Central (Lacen), aumento da ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais particulares. Os últimos números da pandemia do coronavírus indicam a necessidade de manter o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos. 

O alerta foi dado mais uma vez pelo governador Renato Casagrande (PSB), em pronunciamento em suas redes sociais na noite desta sexta-feira (23), ao anunciar o 28º Mapa de Risco Covid-19, com apenas o município de Ecoporanga, no noroeste do Estado, em risco moderado e 77 em risco baixo. “É preciso olhar o mapa e ver que ele está verde, mas os números estão emitindo um alerta para nós, que a doença não está controlada”. O 28º Mapa de Risco tem vigência entre a próxima segunda-feira (26) e o domingo (1). 

Casagrande mencionou que, apesar da continuidade da redução da ocupação de leitos de UTI nos hospitais públicos, atualmente em 39%, tem havido aumento da ocupação em muitos hospitais privados. 

A positividade nos testes também é preocupante. “Chegamos a 70% de positividade no pico da doença. Há algumas semanas, reduzimos muito, para 28%, 27%, 26%. Mas nas últimas três semanas, aumentou novamente, chegando a uma média de 40% de positividade”, relatou. 

Além da positividade, o próprio número maior de amostras que chegam ao laboratório é um alerta. “Mostra que há um número de pessoas com sintomas mais forte. Nós não estamos numa segunda onda, os países da Europa estão, nós não estamos, mas estamos com esses dados preocupantes”, salientou.

Outro dado que merece reflexão, destacou, “é um leve crescimento da média móvel dos óbitos, especialmente dos últimos sete dias e na Grande Vitória”. O número hoje, informou, “é grande: oito a nove mortes por dia na média móvel de sete e quatorze dias”.

Eventos infantis liberados

Antes de explanar sobre os números, o governador lembrou que nesta sexta-feira (23) tem início a autorização dada semana passada para a realização de eventos para até 300 pessoas, com mais de 18 anos, mediante distanciamento e protocolo já anunciado. E que os eventos infantis estarão autorizados a partir do dia três de novembro, também com os devidos protocolos, a serem publicados nos próximos dias pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Fim do revezamento

Sobre o retorno das aulas presenciais das aulas finais do ensino fundamental, na próxima segunda-feira (26), o governador disse que o mesmo se dará sem a obrigatoriedade do revezamento dos alunos. A medida também vale para o ensino médio, que teve autorização para retorno presencial no último dia 13.

“Não é obrigatório a presença dos alunos. Desde que fizer as atividades remotas, não tem obrigatoriedade da presença. Em muitas escolas e turmas o número de alunos do ensino médio frequentando a sala é abaixo de 50%, então nós estamos tratando do revezamento a partir de segunda-feira como uma prática se houver necessidade. Se a diretora da escola verificar que não chega a 50% da turma e na outra também não, e se o somatório das duas semanas não chegar a 50%, não há necessidade do revezamento”, explicou.

De fato, em circular interna distribuída aos professores da rede estadual, a Secretaria de Educação (Sedu) afirma que “a partir de segunda-feira, dia 26/10, os professores deverão cumprir carga horária integral de aula na escola independente da presença ou não dos alunos. No entanto, o PL [percentual da carga horária destinada ao planejamento de atividades] coletivo e individual continuará remoto. Ex: o professor de 25h deverá cumprir presencialmente 18h na escola e 7h referente ao PL em casa”.

A circular pede ainda que, para os professores “não ficarem ‘aglomerados’ nos espaços reservados para permanência, e caso não tenha aluno, pode ficar nas salas de aula trabalhando em suas atividades remotas”.
Politização da vacina

Casagrande também abordou em seu pronunciamento os “fortes debates” sobre vacinas. “Espero que o governo federal execute um plano nacional de vacinação que possa atender o mais rápido possível a todos os brasileiros, desde que seja aprovada pela Anvisa e pelo órgão do país de origem. É preciso que a gente peça ao governo federal um plano muito robusto e que trate esse assunto acima de qualquer outro interesse e possa destinar vacina para toda a população brasileira. Temos discutido com outros governadores a necessidade de buscar uma harmonia, para que o governo apresente uma proposta audaciosa de compra de vacinas de instituições seguras. Só a vacina vai nos libertar do vírus, reduzir drasticamente as mortes e retomar as atividades econômicas e sociais com liberdade”, declarou.

“Vejam, volto a me referenciar às grandes cidades da Europa, que estão tomando decisões de restrições novamente, porque o vírus voltou a contagiar e afetar as interações hospitalares e preocupar as pessoas”, contextualizou. Há ainda a necessidade de observar os protocolos que estamos falando desde março, e eu continuo pedindo a colaboração de todos nessa direção. O mapa está quase todo verde, mas os números emitem um alerta”, finalizou.

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