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Greve no Estaleiro Jurong acaba após aprovação de proposta das empresas

Trabalhadores de empreiteiras consideram que saíram vitoriosos da greve, iniciada no último dia 26

Os metalúrgicos de empreiteiras que prestam serviço para o Estaleiro Jurong, em Aracruz, norte do Estado, aprovaram a proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na manhã desta terça-feira (17). A decisão deu fim a uma greve que teve início em 26 de outubro. Os trabalhadores conseguiram reajuste de quase 13% no valor do cartão alimentação, abono de todas as horas paradas em virtude da greve, adiantamento de salário e do cartão alimentação até a próxima sexta-feira (20) e a manutenção das demais cláusulas da atual CCT. 

O reajuste sobre os salários será o equivalente à reposição da inflação do período, que é de 4,77%. A proposta aprovada supera a que foi rechaçada pelos metalúrgicos, por meio da qual o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer) propôs 1% de reajuste sobre todas as cláusulas econômicas, a retirada ou alteração de 13 cláusulas da CCT e o desconto nos salários de todos os dias que os metalúrgicos estiveram parados em decorrência da greve. 

“Garantir a manutenção de todas as cláusulas da nossa CCT, por si só, já seria uma vitória no momento em que estamos sofrendo golpe atrás de golpe para enfraquecer a classe trabalhadora e a luta sindical. Mas ter abonadas todas as horas paradas e conseguir quase 13% de reajuste no cartão alimentação, com a projeção de ainda recuperar, no reajuste de salários, as perdas inflacionárias que tivemos no ano, é uma grande conquista que deve ser comemorada de cabeça erguida por todos os companheiros”, diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal), Roberto Pereira. 
Os trabalhadores que atuam no Estaleiro Jurong são das empreiteiras GBJ, Niplan, Grow, Lupe, NPE, USM, BNG, Pollomag, WQ Serviços e Entraco. As negociações dos trabalhadores da Samarco, Vale e ArcelorMittal já haviam sido encerradas com a maioria das empresas que prestam serviço nesses lugares. A dificuldade maior dos grevistas era a negociação dos que atuam na Estaleiro. 
Uma das preocupações dos metalúrgicos era que a data-base da categoria termina em quatro de dezembro. Caso não houvesse negociação até lá, passaria a vigorar as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em detrimento da Convenção Coletiva, acarretando perda de direitos, como o não recebimento de vale-alimentação e refeição. 
Os trabalhadores chegaram a fazer um protesto em 10 de novembro. Eles fecharam a rodovia ES 010 contra a retaliação das empresas em relação aos grevistas. Roberto relatou que foi negado a eles ônibus de retorno para casa, após a recusa de pôr fim ao movimento, como decidido em assembleia realizada na portaria da Jurong. Os trabalhadores pegaram os ônibus das empresas para o trabalho, mas deixaram claro que retornariam às atividades somente se houvesse negociação. Como não houve, foi negado o translado de volta, o que revoltou os grevistas.


Metalúrgicos reprovam contraproposta e greve é mantida

Nesta quinta foram realizadas assembleias simultâneas nas portarias da Vale, Jurong, Samarco e Arcelor


https://www.seculodiario.com.br/direitos/metalurgicos-reprovam-contraproposta-e-greve-e-mantida

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