Depois de protesto no ano passado, escola Emílio Nemer, com 60 anos de existência, volta a ser ameaçada
Pouco mais de um ano depois das últimas mobilizações, a comunidade escolar do municípios de Castelo voltou a se manifestar contra a possibilidade de fechamento da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Emílio Nemer, também conhecida como Cetec por ter tido essa sigla quando funcionou como escola técnica décadas atrás.
Um abaixo assinado online foi lançado como primeiro passo das mobilizações, depois que o Conselho de Escola foi informado pela superintendência regional de Educação de que a escola não abriria matrículas para 2021, iniciando processo de terminalidade, no qual a escola seria mantida apenas até a última turma já ingressa se formar, encerrando em seguida as atividades.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Escola se reuniu com a superintendência, mas alegou não ter tido respostas satisfatórias, já que não foram apresentados os documentos alegados pelo governo. O motivo do fechamento, segundo alegam, seria a questão de infraestrutura. Porém o Conselho achou o argumento insatisfatório já que em outubro foi publicado o recredenciamento a escola, autorizando seu funcionamento para os próximos 5 anos e sem registrar problemas de infraestrutura. “Mediante esta situação, nós, do Conselho de Escola, juntamente com os professores desta instituição de ensino, iremos tomar medidas cabíveis para que isso não ocorra”, diz o grupo no abaixo-assinado, que considera o colégio como um marco da comunidade e referência em qualidade educacional, considerando que já existe há mais de seis décadas.
Desde os últimos anos e diante dos diversos rumores sobre fechamento da Cetc, membros da comunidade escolar estão atentos e consideram que a localização central da escola poderia ser um dos fatores que motivam o fechamento por sua estrutura poderia interessar para outros projetos. Em reuniões, alegam também ter ouvido do Estado sobre a necessidade de corte de custos.
Atualmente a escola Emílio Nemer possui cerca de 420 alunos. Com seu possível fechamento, a perspectiva seria de transferir os alunos para a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) João Bley, que passou por reformas recentes para melhorar sua infraestrutura. Essa poderia ser outra razão por trás da decisão: a intenção de transferir os alunos para o outro colégio. A preocupação do Conselho de Escola aumenta diante da situação de pandemia, pois os 420 alunos teriam que se somar a os mais de 800 do João Bley numa iminente volta às aulas no próximo ano.
Também manifestam outras questões: “Há grande possibilidade de não haver vagas para todos os alunos no turno matutino, ficando os mesmos à mercê de horário e modalidade de ensino a ser definida pelo Estado. Não foi apresentado sequer um documento oficial sobre o fechamento dessas matrículas para o 1°ano do ensino médio regular e/ou integrado”, protesta a nota.