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Estudo aponta que alunos capixabas não atingiram metas em português e matemática

Há uma crise no desempenho do ensino da língua portuguesa e de matemática no País. Isso é o que aponta o estudo apresentado pela ONG Todos Pela Educação. No Estado, apesar dos percentuais que em grande parte superam as médias nacionais, há queda no nível de aprendizagem. De acordo com o estudo, o Espírito Santo se manteve abaixo da média prevista para 2011 nas três séries avaliadas – 5º ano do Ensino Fundamental, 9º ano do Ensino Fundamental e 3° ano do Ensino Médio (público e privado). 

 
O estudo detalha a evolução do rendimento dos alunos de escolas públicas do país na Prova Brasil, exame do governo federal. O percentual de estudantes com rendimento adequado nas disciplinas caiu em praticamente em todos os estados. 
 
Segundo o estudo, o desempenho dos alunos capixabas em língua portuguesa no 5º ano do Ensino Fundamental  foi de 45,1%, 2,2 pontos percentuais abaixo da meta para 2011, estipulada em de 47,3 %. Apesar disso, superou a média nacional de 40,2% – considerada como um baixo desempenho em escrita e leitura da língua portuguesa para o País. 
 
 
No 9º do Ensino Fundamental, o cenário se repete. Apenas 31,9% dos alunos apresentaram desempenho adequado em relação à língua portuguesa, enquanto a meta local era de 33,3%. Em contrapartida, o desempenho também superou em 4,9 pontos percentuais os 27% de alunos que obtiveram desempenho adequado na matéria. 
 
Já no 3º ano do Ensino Médio, o Estado registrou apenas 29,4% de alunos com ensino adequado em língua portuguesa, 0,2 pontos percentuais acima da média nacional. Porém, manteve mais uma vez o percentual abaixo da meta Estadual, que era de 34,6%.
 
Apenas 14 estados atingiram ou ultrapassaram suas metas em relação ao desempenho em língua portuguesa. Já em matemática, a situação é ainda pior, alerta a entidade. “O cenário revela uma crise. Nenhuma federação atingiu a meta parcial em 2011”, alerta o estudo. 
 
Neste caso, o Espírito Santo só superou a meta local no 5º ano do Ensino Fundamental. Segundo estudo, 41,5% dos alunos de matemática deste período apresentaram desempenho adequado. O número supera em 1,7 pontos percentuais a meta de 39,3% estipulada pela ONG para o Estado, e a  média de desempenho nacional,  que ficou em 36,3%.
 
Para os outros dois períodos avaliados, entretanto, a média do Estado voltou a cair. No 9º ano do Ensino Fundamental, apesar de superar a média nacional em 5,6 pontos percentuais, o desempenho dos alunos capixabas ficou sete pontos abaixo da meta estipulada para o Estado com 22,5% dos 29,5 pontos determinados pelo Todos Pela Educação. 
 
Para o 3º ano do Ensino Médio, o estudo apontou mais uma vez a superação da média nacional, com a superação de 3,8 pontos acima dos 10,3% registrados pelo estudo, mas repetiu o baixo desempenho em relação à meta local ao apontar uma diferença de 7,9% entre o desempenho real (14,1%) e a meta regional (22%). 
 
De acordo como estudo, há no País atualmente apenas 27% de alunos com aprendizado adequado em língua portuguesa e 16,9% em matemática.
 
Para a entidade, o lento crescimento ocorre, sobretudo, pela falta de políticas públicas específicas para o Ensino Fundamental II. Entre os 42 programas e ações para a Educação Básica da Secretaria de Educação Básica (SEB) do governo federal, apenas dois focam exclusivamente os anos finais: Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar II) e a Coleção Explorando o Ensino.
 
Sem o investimento nas áreas, aponta a ONG, os alunos brasileiros estão chegando com deficiências à faculdade, sobretudo, em relação à interpretação de textos, leitura de gráficos, cálculos de porcentagens, entre outros.  
 
“O Plano Nacional de Educação (PNE), atualmente em tramitação no Congresso Nacional, possui 10 diretrizes e 20 metas para cumprir, que congregam os principais desafios a ser enfrentados para a melhoria efetiva da Educação no País”, ressalta a ONG. 
 
Entre as metas, algumas dialogam diretamente como problema apontado pelo estudo, como a prioridade de garantir a qualidade de Educação Básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem; com a meta de pelo menos 70% dos alunos do Ensino Fundamental e Médio com nível suficiente de aprendizado e, 50%, pelo menos, com nível desejável.
 
Para isso, estão previstos autoavaliação das escolas, introdução de tecnologias educacionais, apoio técnico, financeiro para melhoria da gestão escolar, políticas de combate a violência, promoção da cultura de paz nas escolas além de aprimoramento dos instrumentos de avaliação da qualidade do Ensino Fundamental e Médio, entre outras. 

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