sexta-feira, novembro 22, 2024
24.4 C
Vitória
sexta-feira, novembro 22, 2024
sexta-feira, novembro 22, 2024

Leia Também:

Coletivo reivindica criação de Painel Covid Educação

Profissionais da área querem transparência nos dados de afastados, suspeitos e confirmados nas escolas estaduais

O coletivo de profissionais da educação Resistência e Luta irá reivindicar ao Governo Renato Casagrande a criação de um Painel Covid Educação atualizado em tempo real com dados sobre pessoas afastadas, casos suspeitos e que testaram positivo nas escolas estaduais. O grupo, formado por professores e outros trabalhadores da educação, também irá entra com pedido na Defensoria Pública do Estado (DPES) e no Ministério Público do Espírito Santo (MPES), como aponta um de seus integrantes, o docente Swami Bérgamo. 

A reivindicação, segundo ele, é devido à falta de transparência. “As pessoas precisam saber desses dados. A ausência desse tipo de informação faz com que as pessoas não tenham dimensão do quadro real, dá uma falsa impressão de que está tudo bem”, afirma. Outra reivindicação é a suspensão das aulas presenciais. Para ele, “o governo está se omitindo, tentando passar a imagem de que está controlando o vírus, mas não está”. 

O professor relata que há diversos casos de escolas fechadas em decorrência da Covid-19. Uma delas é a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Graça Aranha, em Santa Maria de Jetibá, região serrana do Estado. A Vigilância Sanitária municipal, segundo nota técnica emitida nessa terça-feira (24), “sugeriu a suspensão das atividades presenciais no período vespertino, por 15 dias contados a partir de 24 de novembro de 2020, como forma preventiva de redução da cadeia de transmissão da doença”. 
Ainda segundo o documento, dois trabalhadores da escola foram “confirmados positivo em um período inferior a 14 dias. Entretanto, de acordo com Swami, a comunidade escolar contesta o fato de terem suspendido as aulas somente no turno vespertino, uma vez que há um infectado no matutino e outro no noturno. “A nota técnica diz que a suspensão deve ser feita quando houver dois ou mais casos no ambiente laboral. Esse ambiente não é o turno, é a escola”, defende.
O professor salienta que há profissionais como serventes, diretor e outros que transitam em vários turnos, não somente em um. “Se tem um profissional que teve contato com o vírus no ambiente, não adianta limitar o turno, isso não interrompe a cadeia de transmissão. Vírus não tem horário de trabalho nem bate ponto, ele circula através das pessoas”, afirma. 
De acordo com Swami, professores relatam que escolas de outros municípios estão fechadas, como a Escola Viva de Afonso Cláudio, com três professores que testaram positivo, e o colégio Álvaro Castelo, de Brejetuba, com cinco funcionários infectados.

Mais Lidas