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​Eleição da Mesa Diretora da Assembleia agita bloco de oposição e governistas

Alexandre Quintino, Bruno Lamas e Freitas são apontados como articulados para a presidência do Legislativo

Passadas as eleições municipais, o cenário político já é alterado para a disputa da futura Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, a ser realizada em primeiro de fevereiro de 2021. Deputados governistas e de oposição se empenham nos bastidores para marcar território, considerando que o comando da Casa terá um campo ampliado para consolidar articulações relacionadas às eleições de 2022, já com um quadro definido nas gestões municipais deste ano. 

Além dos nomes do atual ocupante do cargo, Erick Musso (Republicanos), e Alexandre Quintino (PSL), surge um terceiro, o deputado Eustáquio Freitas (PSB), que também teria a simpatia do governo e é visto como a segundo opção do grupo de apoio à atual gestão, caso Quintino não encontre respaldo. Ele assume uma vaga na Assembleia a partir de janeiro próximo, como suplente do deputado Euclério Sampaio (DEM), eleito prefeito de Cariacica.

Nos meios políticos, sabe-se que o bloco governista na Assembleia trabalha para emplacar Freitas, ex-líder do governo, que foi substituto do deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), que deixou a liderança após dez meses, em 2019. Existe ainda uma terceira opção, do lado do governo, o deputado Bruno Lamas (PSB), derrotado na disputa à prefeitura da Serra, que já foi secretário de Estado. Esse projeto pode avançar, para compensar a falta de apoio do governo em sua campanha eleitoral, apesar de pertencer ao mesmo partido do governador.

Freitas assumiu depois da reeleição antecipada promovida pelo atual presidente da Casa, Erick Musso, em novembro de 2019, manobra que gerou clima de protesto e descontentamento. Justamente nessa época veio a público o nome do deputado Alexandre Quintino (PSL), com o apoio do governador Renato Casagrande (PSB), que concorreria com Erick Musso.

Apesar de impedido pela Justiça de articular uma eleição antes do prazo constitucional, Erick Musso não desistiu de emplacar mais um mandato à frente do legislativo estadual. A vitória do Delegado Pazolini (Republicanos) a prefeito de Vitória reforça seu grupo político, embora haja impedimentos. O principal deles a nova configuração da Assembleia com a chegada dos suplentes dos deputados que serão prefeitos a partir de janeiro. Além de Euclério, saíram vitoriosos Enivaldo dos Anjos, em Barra de São Francisco, e Delegado Pazolini, aliado de Erick, em Vitória.

Do lado da oposição, a eleição de Pazolini reforça o projeto de Erick de se eleger para a Câmara Federal, mas representa um fator apontado como desfavorável nas articulações para a presidência da Assembleia, a partir da ampliação do seu círculo de influência, inclusive com a participação de integrantes de grupos próximos a ele antes das eleições municipais. Esse contexto é reforçado com a chegada de Luiz Durão (PDT) na vaga de Enivaldo dos Anjos, que compõe com o governo, a essa altura atuando com discrição. O outro suplente que assumirá, na cadeira de Pazolini, é Marcos Madureira, eleito pelo PRP, que se fundiu com o Patriota.

Alexandre Quintino, coronel da Polícia Militar envolvido na paralisação da categoria em fevereiro de 2017, elegeu-se na esteira da punição que o atingiu na gestão Paulo Hartung em decorrência do movimento. Chegou à Assembleia com farda da PM, como o deputado Capitão Assumção (Patri).

Em pouco tempo, afastou-se do grupo oposicionista do então partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, e compôs com o governo. Tirou a farda e preside o partido, hoje controlado pelo governador. Articulou em Brasília a tomada do PSL, que expulsou Capitão Assumção e desmantelou o bloco oposicionista. Para o mercado, ele apresenta uma folha corrida aceitável, mas perde para Freitas no quesito articulação.

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