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‘É incompreensível fechar a partir de 2021’, critica Majeski sobre a Escola Paes Barreto

Deputado questionou o governador Casagrande sobre o fechamento de escolas e fez críticas ao Ideb

Durante a prestação de contas de Renato Casagrande na Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (7), o deputado estadual Sergio Majeski (PSB) afirmou “ser incompreensível” fechar a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, na Praia do Suá, em Vitória, a partir de 2021, em decorrência de uma reforma que inicia em 2022. O parlamentar também questionou o fato de os alunos terem que se matricular em outros colégios, em vez de se alugar um espaço para que a escola funcione durante as obras. 

Segundo Majeski, na própria Paes Barreto há espaço suficiente para instalação provisória do estabelecimento de ensino. “Depois que pulveriza os alunos, a ideia de que a escola retornará, desculpa, governador, não convence ninguém”, disse o deputado. Casagrande garantiu, porém, a retomada da escola após a reforma. “Construiria outra escola para quê, se não for para atender aos alunos?”, questionou, destacando que solicitou que a obra comece o mais rápido possível, sem precisar esperar 2022.

O governador afirmou que a estrutura do Paes Barreto foi condenada pelo Corpo de Bombeiros, havendo necessidade de demolição para construção de nova estrutura. Ele também ratificou que os alunos serão encaminhados para outras escolas da região. Majeski defendeu que o colégio deveria ser referência por diversos fatores, como facilidade de acesso por parte de estudantes de diversas partes da Grande Vitória e por nele funcionar o Centro de Apoio para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S). 
O parlamentar também se posicionou contra a impossibilidade de matrícula para alunos do primeiro ano na Escola Estadual de Ensino Médio Emílio Nemer, em Castelo, sul do Estado, o que, para o deputado, é o início de um fechamento gradativo do colégio. De acordo com o governador, houve uma recomendação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para que a escola seja fechada devido à ausência de infraestrutura, como falta de quadra e outras áreas de lazer. Casagrande afirmou ainda que a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João Bley comporta todos estudantes do Emílio Nemer. 
Majeski também fez críticas à falta de diálogo com a comunidade escolar, relembrando problemas registrados na gestão passada, em referência ao Governo Paulo Hartung.
Ideb e escolas de tempo integral 
Durante a prestação de contas, o governador destacou os números do Espírito Santo em índices nacionais e a ampliação da educação em tempo integral. Casagrande apontou o desempenho do Estado, que, conforme informou, teve a melhor nota do ensino médio do país, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) referente ao ano de 2019. A nota nessa categoria foi de 4,6, bem próximo à meta, que era de 4,7.

“Com relação ao ensino médio, nós empatamos com Goiás. Tivemos esse empate, mas se você olhar para o índice de desempenho do aluno, nós estamos em primeiro lugar no país. Além do ensino médio, avançamos também no fundamental. Estamos em curva crescente de qualidade da educação”, destacou Casagrande.

Entretanto, o deputado Sergio Majeski denunciou que o Ideb mascara a realidade educacional dos municípios e estados, pois não avalia o número de alunos em idade escolar fora da escola. De acordo com o parlamentar, no Espírito Santo existem, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 94 mil jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. “Imagine quantos deve ter entre 18 e 29 anos sem ter completado a educação básica e fora da escola?”, questiona. 

Ainda de acordo com o governador, um dos grandes investimentos da área da educação são as escolas em tempo integral. Em 2019, afirma, foram abertas quatro instituições de ensino neste modelo. “Essas escolas já estavam na programação do governo anterior. Nós vamos ampliar esse número. Em 2020, serão mais 36 escolas em tempo integral, e em 2021, mais 31. Nosso objetivo é chegar perto de 100 escolas até 2022. Tudo isso para atingir a meta de 25% dos alunos estudando em unidades desse modelo”.

Em relação ao aumento das escolas de tempo integral, Majeski afirma que isso é uma das 20 metas do Plano Nacional de Educação e do Plano Estadual de Educação, mas que não é a meta mais importante. Ele salientou que há 54 municípios capixabas nos quais não é oferecido o ensino médio regular noturno. Disse também que em 13 cidades do Espírito Santo não há nem essa modalidade de ensino nem a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

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