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Espírito Santo formaliza consulta ao Butantan para aquisição de 440 mil doses de vacina

Governo Casagrande afirma que as doses são suficientes para profissionais da Saúde e Segurança Pública 

A gestão Renato Casagrande anunciou, nesta quinta-feira (10), que formalizou uma consulta ao Instituto Butantan sobre a disponibilidade de 440 mil doses de vacina para imunização dos trabalhadores da Saúde e da Segurança Pública. A iniciativa ocorre após o Governo de São Paulo apresentar a alternativa a outros estados, com o início da produção local da CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. 

A possibilidade de disponibilização da vacina Coronavac foi apresentada durante o processo de mobilização nacional pela garantia de vacina contra a Covid-19 suficiente para imunizar a população brasileira até 2021, processo do qual o Espírito Santo faz parte. Além do Espírito Santo, já demonstraram interesse na Coronavac os governos do Acre, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima.
Nesta quinta-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou o início da produção da vacina do Instituto Butantan contra o coronavírus em solo brasileiro. A perspectiva é de que a produção diária em São Paulo alcance a capacidade máxima de até um milhão de doses por dia. Para atingir essa meta, a fábrica do Instituto Butantan terá operação 24 horas, sete dias por semana. Até janeiro, 40 milhões de doses da vacina deverão ser produzidas no local.

O governo de São Paulo e o Instituto afirmam que a Coronavac é a mais segura entre as vacinas que estão em etapa final de estudos clínicos no Brasil e que nenhuma reação adversa grave foi registrada e apenas 35% dos voluntários participantes do estudo clínico apresentaram algum tipo de reação classificado como leve, como febrícula (febre baixa e temporária) ou dor no local da aplicação.

Em reunião com os governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nessa terça-feira (8), Renato Casagrande defendeu que o Governo Federal coordene, de fato, as ações do Plano Nacional de Imunização, adquira todas as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou instituições de outros países reconhecidas internacionalmente, e as distribua. 
Mesmo com o anúncio de consulta ao Instituto Butantan sobre a disponibilidade de 440 mil doses de vacina, o governador ratificou em suas redes sociais que continuará trabalhando para que “o Ministério da Saúde coordene o Plano Nacional de Imunização e adquira todas as vacinas disponíveis para imunizar os brasileiros, mas o governo do ES tomará todas as medidas necessárias para que os capixabas sejam protegidos”. 
Após a reunião com os governadores e o ministro, o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, que também participou, informou em entrevista coletiva que o Ministério disse ter a garantia de aquisição de 300 milhões de doses, com previsão de imunização a partir da segunda semana de fevereiro, mas destacou que não houve uma afirmação clara de aquisição de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan.
Nésio Fernandes destacou, ainda, a ausência da apresentação de um calendário precoce capaz de fazer com que a vacinação seja iniciada de forma intensa. Ele também informou sobre uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para possibilitar a articulação dos estados para aquisição das vacinas. “A ação busca que, caso haja insuficiência, os governadores tenham autorização para adquirir e tomar as iniciativas próprias de imunização. Mas esse seria o pior cenário. Queremos insistir que o Ministério da Saúde conduza a aquisição e distribuição”.

O governo do Estado garante, ainda, que já adquiriu os insumos necessários para imunizar a população e elaborou um Plano Estadual de Vacinação em conjunto com os municípios. Também estão sendo feitas conversas com fabricantes de vacina para conhecer detalhes da fabricação.

Até o momento, o Espírito Santo registrou 4.514 óbitos por Covid-19, sendo 29 nas últimas 24 horas, período no qual também foram registrados 1.524 novos casos de contaminação. Ao todo, são 208.508 casos confirmados durante a pandemia, que registra agora fase preocupante, devido ao aumento de casos e descumprimento do isolamento social, o que têm deixado os hospitais lotados.

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