No Natal de 2020 uma luz diferente surgiu no fim do túnel, trazendo esperanças de um retorno ao nosso velho e confortável normal
Como tantos outros eventos deste ano que finalmente vai chegando ao fim, e apesar das comemorações e troca de presentes, este Natal não foi igual aquele que passou. No auge de um período triste da nossa história pessoal e coletiva, todos se irmanaram num mesmo desejo: que nos livremos dessa tragédia que se abateu sobre o mundo. No entanto, outros natais ocorreram, e relembrá-los pode nos dar algum consolo. Nessa aldeia global nunca estamos sós.
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Corria o ano da graça de 1939 quando o mundo se fechou em quarentena, temendo e protegendo-se de bombardeios aéreos. Durante seis anos a Segunda Guerra arrasou a Europa, afetou vários países e transformou a vida de milhões de pessoas. Foi preciso se adaptar a um estilo de vida diferente, chamado de novo normal. Quantas reuniões familiares perdidas, aniversários não comemorados, casamentos adiados! Quantas famílias perderam entes queridos, com pesadas baixas nas frentes de batalha anunciadas diariamente. Nuvens negras pairando sobre o dia a dia das pessoas, com racionamento de energia e alimentos, falta de remédios, escassez de leitos hospitalares e com os profissionais de saúde ocupados com os feridos de guerra.
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O que as pessoas pediram naqueles seis natais em que a guerra se esticou não foi uma vacina, mas um armistício que parecia não chegar nunca. Vamos direcionar esse raciocínio para as outras guerras que constantemente assolam o mundo, que devem ter começado no período glacial e só vão acabar quando um meteoro perder o rumo e nos atropelar. Lembre-se: Não importa qual a rota, se beber não dirija. Guerra é guerra, se defendeu o meteoro nos tribunais celestes.
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A guerra mais longa registrada nos livros de história foi a Guerra dos cem anos, entre França e Inglaterra, embora os reis dos dois países fossem parentes. Esse atrito também ficou conhecido como guerra dos sem anos, uma vez que, nessa época, os aniversários não foram comemorados, devido à quarentena obrigatória. Mas as guerras vão além dos tiroteios, e temos visto a vida normal de milhões de pessoas se tornarem pesadelos por causa de perseguições raciais e homofóbicas, deslocamentos em massa por causa de ideias totalitárias, e por aí vamos…
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No Natal de 2020 uma luz diferente surgiu no fim do túnel, trazendo esperanças de um retorno ao nosso velho e confortável normal. Mais próxima para alguns, luzindo ainda tímida para outros, mas o bom senso acabará vencendo e a sonhada vacina – uma vitória da luz sobre as trevas, como acontece nas celebrações do Hanukkah, também nessa época do ano – será procedimento comum em qualquer posto de saúde. Quem sobreviver verá.
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O natal chegou mas ainda não passou, disse o mendigo a Julio Cesar. Portanto, vamos esticá-lo um pouco mais, porque nem tudo que é bom precisa durar pouco. Nos corações, ele traz a certeza de que dias melhores virão. John Roy: Uma alegria compartilhada é uma alegria multiplicada. Rosie Thomas: O Natal é igual cola. Ele nos mantém unidos. Brigham Young: Ame o doador mais do que o presente. Charles Dickens: As lembranças, tal como as velas, brilham mais durante o natal. Eu: Amar quem nos ama é fácil. Ame quem não te ama e viva em paz.