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Quem serão os novos gestores da Cultura nos municípios?

Na coluna: nos maiores municípios da Grande Vitória, cenário é de mudança com novos mandatos nas prefeituras

Os novos prefeitos tomaram posse na sexta-feira (1). Nos quatro maiores municípios da Grande Vitória, todos candidatos vitoriosos eram de oposição à atual gestão, o que sinaliza para mudanças em várias áreas, entre elas a Cultura.

Vila Velha extingue Secretaria de Cultura 

Em Vila Velha, antes mesmo da posse, a polêmica foi instalada com um abaixo-assinado de artistas e produtores culturais contra a extinção da secretaria exclusiva para Cultura, uma luta conquistada a duras penas na gestão do prefeito Max Filho (PSDB), embora sem grandes resultados que imprimam uma política cultural consistente. Em pouco mais de dois anos de existência, a Secretaria de Cultura teve passagem de Maciel Aguiar, Alvarito Mendes Filho e por último Peterson de Castro Cardoso.

Arnaldinho Borgo (Podemos) fundiu pastas e criou a Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura (Semtec), tendo como secretário Paulo Renato Fonseca Júnior, que foi secretário de Estado de Turismo no governo Paulo Hartung. O prefeito afirma que a mudança não retirará autonomia e importância da cultura. Paulo Renato terá como subsecretário de Cultura uma figura atuante no município, Manoel Goes, escritor, gestor cultural e ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV), responsável pela Casa da Memória, que funciona na Prainha.

A nova equipe da Semtec em Vila Velha

Cariacica mantém secretaria e nomeia advogada 

O novo prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (DEM), manteve a Secretaria de Cultura, aliás, um dos poucos pontos destacados do segundo mandato de Juninho (Cidadania), tendo à frente a artista Renata Weixter. Quem irá assumir o posto a partir de 2021 é a advogada Nina Santos (Podemos), irmã e correligionária do deputado estadual Marcelo Santos e filha do falecido ex-prefeito Aloizio Santos. Nina foi candidata a vereadora em 2020 e obteve 903 votos, não conseguindo se eleger. Em sua campanha ao legislativo, porém, a cultura não apareceu como bandeira.

A nova secretária Nina Santos e o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio. Foto: Facebook

Vice-prefeito da Serra será responsável por nova pasta ligada à Cultura

 A Serra já não tinha uma secretaria exclusiva para a cultura. O município com maior população do Espírito Santo vem de uma gestão pouco expressiva na política cultural, na pasta que unia Turismo, Esporte, Cultura e Lazer, a Setur, que teve como último secretário Alessandre Motta. Essa estrutura basicamente será mantida mas agora com o nome de Secretaria de Economia Criativa, tendo como gestor o vice-prefeito Thiago Carreiro (Cidadania), formado em Administração e Tecnologia da Informação. Empresário, ele apontou que entre os planos está a retomada da Lei Chico Prego, de fomento à cultura no município, que há quatro anos não lança edital.

Sérgio Vidigal e o vice Thiago Carreiro, secretário municipal de Economia Criativa. Foto: Divulgação

Em Vitória, secretária de Cultura é também nomeada subsecretária de Comunicação

Atualizado às 19h54
Vitória faz, historicamente, a mais importante gestão de cultura entre os municípios, devido principalmente à centralidade da capital e ao volume de investimentos. Mas a nomeação da secretária de Cultura foi feita somente neste sábado (2), após o fechamento da coluna, com a publicação do nome de Valéria Morgado, que acumula, também, a subsecretaria de Comunicação na Secretaria de Gestão, Planejamento e Comunicação. A dupla nomeação ainda não traz certeza sobre como funcionará a pasta de Cultura na gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), se será fundida ou se continuará como secretaria independente. 

Apesar da incerteza sobre os rumos da gestão cultural na capital, em sua última reunião de 2020, o Conselho Municipal de Política Cultural (Comcultura), enviou uma carta à equipe de transição exigindo, entre outras coisas, a criação de uma comissão para acompanhamento da implantação do atual Plano Municipal de Cultura, a atenção a espaços como o Centro Cultural Carmélia, o Mercado da Capixaba e o Mercado São Sebastião e a revogação do dispositivo que permite ao Secretário de Fazenda definir o montante de recursos destinados à Lei Rubem Braga, já que a lei prevê que valha a média dos 10 anos anteriores. O documento completo pode ser lido abaixo.

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