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Folia de Reis do Centro de Vitória, nas ruas e na internet

Por causa da pandemia da Covid-19, organizadores fizeram adaptações para evitar aglomerações

A Folia de Reis Seguindo a Estrela de Belém, do Centro de Vitória, irá às ruas nesta quarta-feira (6), dia de Reis, mas também marcará presença na internet como forma de evitar aglomerações por causa da pandemia da Covid-19. Nas ruas, um pequeno grupo de organizadores da atração passará nas casas de pessoas que, nos anos anteriores, receberam o grupo durante o cortejo da Folia, para entregar uma lembrança. No canal do Youtube Seguindo a Estrela de Belém, será exibido um vídeo dos integrantes cantando a folia, a partir das 20h30. 

Segundo Stael Magesck, diretora de Cultura da Associação de Moradores do Centro de Vitória (Amacentro) e proprietária do Stael Magesck Centro Artístico, ao todo serão seis casas visitadas, mas sem que o grupo de organizadores entre nas residências, como precaução diante da pandemia da Covid-19. Ao fazer as visitas, eles percorrerão o trajeto feito em edições anteriores. Ao longo dele, serão colocados cartazes e símbolos da festividade, como instrumentos musicais, para mostrar que a Folia, que é organizada por populares, passou por ali. 

A visita às casas começa a partir das 19h, sendo a primeira a do mestre Renato Santos, na Piedade. As demais são nas ruas Alziro Viana, São Bento, Professor Baltazar, Sete, Coronel Monjardim, Monte Serrat, Uruguai, São Francisco e Pedro Palácios. Cada visita será transmitida por meio de live no instagram. Segundo uma das organizadoras da Folia, Jaqueline Sanz, a realização da atividade com adequações por causa da pandemia da Covid-19 foi necessária para não desmobilizar o grupo que faz parte Folia de Reis Seguindo a Estrela de Belém e para passar a mensagem de esperança para a comunidade de Centro de Vitória. 
“A gente não quer desmobilizar o grupo, que já vem se organizando há alguns anos. E percebemos que as pessoas aguardam a Folia. Em um ano difícil como foi 2020 e como se apresenta 2021, sentimos necessidade de passar para a comunidade que estamos juntos, que devemos acreditar na esperança e na resistência através da cultura popular”, diz Jaqueline. Ela destaca que a Folia é o “reviver, pois o reviver está relacionado a memórias interpretadas no presente”.
Trata-se, afirma, de reviver uma tradição que, segundo pesquisas feitas com moradores antigos da região, foi forte principalmente na década de 1980, mas que se perdeu diante do falecimento e da mudança de bairro de algumas lideranças. Segundo Jaqueline, o pontapé inicial para esse reviver foi uma palestra do mestre da Folia, Renato Santos, na Igreja do Rosário, onde ele falou sobre a antiga tradição. De acordo com ela, a família dele tinha a vivência da Folia no Centro, que se juntou com a de outras pessoas da organização, em diversos locais do Espírito Santo.

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