Cobradores esperam que parecer da Justiça do Trabalho saia ainda esta semana

Quatro mil trabalhadores do Transcol querem retornar às atividades, caso contrário, farão novas manifestações

A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários) é de que ainda esta semana a Justiça do Trabalho dê um parecer a respeito das reivindicações dos cobradores do Sistema Transcol. Segundo o diretor da entidade, Valdecy Dulcilina, ao se reunir com representantes das empresas nesta quarta-feira (13) o Ministério Público do Trabalho (MPT) termina de ouvir todas as partes envolvidas, pois já se reuniu esta semana com os trabalhadores e a gestão de Renato Casagrande (PSB). 

Os primeiros a s reunir com o MPT foram os representantes dos trabalhadores, na última segunda-feira (11). Na terça-feira (12) foi a vez do governo do Estado. “O Ministério Público está ouvindo todas as partes. Na reunião de segunda-feira deixamos claro que nossa reivindicação é a volta imediata dos cobradores às suas funções, pois o que estava acordado é que eles retornariam em janeiro. Também relatamos as dificuldades pelas quais os motoristas estão passando com a ausência dos cobradores”, relata Valdecy. 

A gestão de Renato Casagrande (PSB) afirma que a utilização de dinheiro no transporte coletivo pode aumentar a transmissão da Covid-19. Os cobradores, que são cerca de 4 mil, temem perder os empregos, pois acreditam que a decisão de restringir o pagamento da passagem à utilização do Cartão GV será permanente. As manifestações dos cobradores pelo retorno às atividades começaram no dia quatro de janeiro, com uma greve que foi interrompida no mesmo dia por uma liminar da Justiça do Trabalho contrária à paralisação. 

De acordo com a liminar, com parecer do desembargador Marcello Maciel Mancilha, a paralisação era ilegal devido à inexistência de prova ou tentativa de negociação ou convocação de assembleia geral. Além disso, argumentou o desembargador, a iniciativa “traria uma maior aglomeração nos trabalhadores e dos usuários do sistema de transporte, trazendo uma possibilidade enorme de aumento dos casos em nosso estado, causando a lotação de nosso sistema de saúde já abalado”.