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Entidades organizam carreata contra retorno das aulas presenciais

A carreata será dia 27 de janeiro. Manifestantes defendem retorno presencial somente depois da vacinação

Entidades da sociedade civil preparam uma carreata para o dia 27 de janeiro contra o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas previsto para fevereiro pelo governo do Estado, antes da imunização dos profissionais da Educação contra a Covid-19. Os manifestantes sairão do Tancredão, na Ilha do Príncipe, às 14h. O trajeto ainda não está definido, mas o ponto final será no Palácio Anchieta, onde acontecerá a entrega simbólica das mais de 7,3 mil assinaturas coletadas no abaixo-assinado que reivindica o retorno das aulas presencias somente depois da vacinação. 

O integrante do Movimento Sobreviva Brasil, Alessandro Chakal, afirma que as assinaturas serão protocoladas oficialmente no Palácio da Fonte Grande. Ele destaca que o anúncio feito pelas redes municipais da Serra, Cariacica, Vila Velha e Vitória, de que as aulas presenciais não retornarão em fevereiro, trata-se de uma vitória dos movimentos sociais, além de ser fruto da pressão da comunidade escolar, que deixou clara sua insatisfação com o retorno presencial realizado no final de 2020. 

“No ano passado o retorno presencial foi um fracasso total, poucos estudantes foram. As prefeituras tiveram bom senso na decisão”, diz Chakal. Um dos argumentos da gestão de Renato Casagrande (PSB) para defender o retorno das aulas presenciais é de que a educação é prioridade por ser serviço essencial, o que é contestado pelas entidades. “Hoje chegam as vacinas, que serão para o primeiro grupo entre os prioritários, no qual não estão os professores. Como que educação é prioridade se a saúde dos trabalhadores da educação não é?”, questiona. 
Embora ainda não tenha se posicionado oficialmente sobre o retorno presencial, as aulas nas escolas estaduais começam dia quatro de fevereiro. Nas particulares o início é no dia primeiro, já com a definição de que serão presenciais nos municípios considerados de risco baixo e moderado. O governo do Estado criou um comitê o qual integra juntamente com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e a Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) para discutir o retorno das aulas presenciais. 
As entidades que organizam a carreata reivindicam que a sociedade civil também tenha representatividade no comitê. Além do Movimento Sobreviva Brasil, entre as entidades que estão na organização do protesto são o Centro de Estudos Bíblicos do Espírito Santo (Cebi/ES), Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB-ES), Resistência & Luta Educação, Coletivo Educação pela Base, Mães Professoras Unidas pela Vida, Sindicato dos Professores no Estado do Espírito Santo (Sinpro), Brigadas Populares, Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes).

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