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Petroleiros subsidiam combustíveis em carreata contra aumento da gasolina e diesel

Serão distribuídos 100 cupons com desconto de R$ 2,00/litro, afirma Valnísio Hoffmann, do Sindipetro

Com o aumento do preço da gasolina e do diesel, o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro) irá se manifestar contra o reajuste por meio da carreata Todos Contra o Aumento dos Combustíveis, que será realizada na segunda-feira (1). A concentração será às 8h, no antigo aeroporto de Vitória, rumo ao prédio da Petrobras, na Reta da Penha, em Vitória. Serão distribuídos 100 cupons por meio dos quais os 100 primeiros veículos poderão abastecer 20 litros de gasolina para carros e 10 litros para motos, com desconto de R$ 2,00 por litro.

A diferença no valor será subsidiada pelos petroleiros. O preço dos combustíveis foi reajustado nesta quarta-feira (27). O preço médio da gasolina foi para R$ 2,08, aumentando R$ 0,10, o que equivale a 5,05%. O do diesel foi para R$ 2,12, tendo reajuste de R$ 0,09, quase 5%. O diretor do Sindipetro, Valnísio Hoffmann, explica que esses são os valores dos combustíveis quando saem da refinaria. Neles são acrescidos encargos como tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis.

Com esses acréscimos, eles chegam para o consumidor com um preço bem mais elevado, diz Valnísio. O diretor do Sindipetro afirma que a alta no preço dos combustíveis é consequência da opção do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela Política de Preço de Paridade Internacional (PPPI). Trata-se, segundo Hoffmann, de uma política de preço dolarizada. “O dólar sobe, o petróleo sobe ou o custo da empresa estrangeira sobe, aí se faz o ajuste de acordo com o mercado internacional”, diz.
Somado a isso, relata Valnísio, a Petrobras reduziu sua produção e o Brasil está importando mais. “A gente pode produzir mais, com valores em real”, defende. De acordo com ele, uma pesquisa do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP) mostra que se essas medidas tivessem sendo tomadas, os combustíveis poderiam ser vendidas por R$ 2,00 a menos e a Petrobras ainda teria lucro.
Hoffmann alerta, ainda, para o discurso de que a privatização democratiza o acesso dos produtos para as pessoas. “Há dois anos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu que o preço do gás cairia pela metade se a Liquigás fosse privatizada. Ela foi privatizada e o preço do gás só aumenta”, diz, destacando que a população deve apoiar as mobilizações em defesa do patrimônio público, uma vez que as empresas privadas “visam somente o lucro”.

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