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Governo do Estado negocia compra das vacinas Sputinik e Covaxin

Secretário Nésio aponta expectativa em relação ao fim do procedimento de venda das vacinas para o governo federal

O Espírito Santo poderá adquirir as vacinas Sputinik, da Rússia, e Covaxin, da Índia, para imunizar a população capixaba. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, nesta segunda-feira (22). O Estado negocia com as duas fabricantes e, com a finalização dos procedimentos de venda dessas vacinas para o Ministério da Saúde, haverá mais facilidade para adquiri-las, caso tenha necessidade e oferta, conforme afirmou Nésio.

A Sputinik e a Covaxin, afirma, ainda não finalizaram a publicação da documentação da fase 3 junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o secretário defende que a decisão do governo federal foi acertada e, inclusive, deveria ter sido feita antes. “É um procedimento que deveria ter sido realizado já no ano passado, com a Pfizer, por exemplo, garantindo a compra oportuna de diversas tecnologias”, destaca.

Quanto à chegada de novas doses da Coronavac ao Estado, o subsecretário de Vigilância Sanitária, Luiz Carlos Reblin, afirma que o Espírito Santo aguarda a definição do Ministério da Saúde para a entrega, que poderá ser ainda este mês ou no início de março. Outra medida é sobre uma determinação que estabelece que todas as próximas doses devem ser usadas como primeira. Segundo Reblin, há essa possibilidade, mas ainda não existe um comunicado oficial do governo federal.
Estratégia de Monitoramento
Também foi anunciado, nesta segunda, que será publicada ainda esta semana uma portaria que institui a Estratégia Capixaba de Monitoramento de Passageiros de Transporte Aéreo, Intermunicipal e Interestadual. Assim, será possível fazer cruzamento de dados e ver se pessoas que testaram positivo para Covid-19 trafegaram em algum desses meios de transporte, para, posteriormente, comunicar via SMS aos passageiros que viajaram com eles.
“É importante para as pessoas perceberem em seu cotidiano que a pandemia não acabou”, diz Nésio. O secretário afirma que o Espírito Santo será o primeiro estado a adotar esse mecanismo de inteligência tecnológica, com atualização diária do banco de dados. A iniciativa tem como uma de suas motivações a situação de estados próximos em meio à crise sanitária, como Minas Gerais e Bahia, que estão com pressão assistencial. “O Espírito Santo não é uma ilha, precisamos estar preparados para a realidade brasileira”, defende.
Testes
O secretário comunicou, ainda, que a Organização Panamericana de Saúde doou 62,4 mil testes rápidos de antígeno para o Espírito Santo, que chegaram nesta segunda-feira (22) e permitem que o resultado saia em 30 minutos. Os testes serão entregues para a rede hospitalar e para os municípios, onde haverá treinamento para que os profissionais da saúde os utilizem.
Desaceleração
Nésio também destacou a desaceleração de casos, internações e óbitos, apontando para a possibilidade de um cenário de estabilização nas próximas semanas. O secretário reforçou a necessidade de as pessoas fazerem testes diante dos sintomas. “Temos capacidade plena de detectar casos suspeitos, de fazer testagem massiva”, diz. Ele salienta que nem sempre perda do olfato e do paladar se manifestam nos casos de Covid-19, portanto, é preciso estar atento a outros sintomas, como dor de garganta, cefaleia e mal-estar.

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