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PMV iniciará contenção de encosta que soterrou Sol da Terra na quarta

Começam nesta quarta-feira (10) as obras de contenção da encosta responsável pelo soterramento do restaurante Sol da Terra e da interdição de 16 imóveis no Centro de Vitória. A empresa GeoRio, sediada no Rio de Janeiro, analisou a área do deslizamento e recomendou uma série de contenções na área. As obras estão orçadas em R$ 1,8 milhão.

Serão necessários seis meses para as intervenções, que foram cobradas antes mesmo do deslizamento pelo proprietário do restaurante Sol da Terra, o ambientalista e naturalista, Marco Ortiz.

No passado, Marco chegou a protocolar um ofício na Prefeitura de Vitória alertando sobre o risco de deslizamento e cobrando a construção de um muro de arrimo para evitar deslizamentos. Na ocasião, ele cobrou também o desvio do esgoto do morro, acima do Parque Gruta da Onça, para o bueiro central do parque, assim como uma ação de educação ambiental para que não fosse despejado lixo na encosta. Sem providências, o morro desabou após as fortes chuvas registradas em 18 de março deste ano na Capital, que destruíram completamente o restaurante. 

 
O atual prefeito de Vitória, Luciano Resende (PPS), destina equipes ao local desde o dia do deslizamento, para a retirada de detritos e construção de rampas com o objetivo de permitir o acesso aos locais mais difíceis. 
 
Inicialmente, o receio era de que um novo deslizamento pudesse ocorrer na região, levando a um novo desastre. Mas, de acordo com o estudo apresentado ao prefeito pela GeoRio – especialista em contenção de encostas -, as rochas de maior porte que restaram na região serão apoiadas por contrafortes. Uma escada também será construída ao longo dos 400 metros do declive para reduzir a velocidade das águas por ocasião das chuvas. Ao seu lado, muros de contenção serão dispostos em pares para formar platôs e segurar a terra e a vegetação. 
 
Já as residências afetadas serão reparadas pela prefeitura. “As famílias com casas em perigo elevado foram removidas e todas que tiveram seus imóveis interditados cadastradas, tendo o abrigo da prefeitura à disposição. Já Marco Ortiz foi orientado pela Procuradoria Municipal para que o Executivo possa ajudar na reconstrução da vida familiar”, divulgou a Prefeitura de Vitória. 
 
A chuva que culminou no deslizamento no Centro de Vitória superou a média histórica mensal com 260 milímetros em apenas 24 horas. A média mensal para todo o mês de março era de 89 milímetros. 

 

Segundo a prefeitura, o deslizamento pode ter ocorrido devido ao depósito de grande quantidade de lixo na encosta e esgoto das residências localizadas acima da área do parque. Esta área estava catalogada no Mapeamento de Risco da cidade como de “risco médio” e deslizou sem apresentar qualquer indício de perigo. Este episódio motivou o prefeito Luciano Rezende a determinar uma revisão completa do mapeamento de risco de Vitória, como garante a prefeitura.

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