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Professores denunciam casos de Covid-19 em escolas municipais de Vila Velha

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) também estão em falta, alerta categoria

Profissionais da educação da rede municipal de Vila Velha afirmam viver momentos de apreensão diante dos casos de Covid-19. Eles relatam que oito escolas têm confirmações de infecções, sendo uma média de três ou quatro por unidade. Os colégios são a Unidade Municipal de Educação Infantil Vereador Arnaldo Borgo e as de ensino fundamental Vila Olímpica, Professor Aylton Almeida, Antônio Debarcellos, Edson Tavares de Souza, Diretora Zdmea Camargo, Professor Zaluar Dias e Doutor Tuffy Nader.

Na Unidade Municipal de Ensino Fundamental Professor Thelmo Torres, há dois casos confirmados. Já na Joffre Fraga, segundo os profissionais, há um caso de reinfecção. “Estamos preocupados, pois agora existem as novas variantes do coronavírus, mais agressivas, de maior contágio. Temos medo, inclusive, de, mesmo sobrevivendo caso pegue a doença, ficarmos com sequelas”, relata a professora Luciana Medeiros.

Diante dos casos de Covid-19, outra professora, Letícia Berger, afirma que o sentimento dos profissionais é de que estão indo para o matadouro. “Cada dia temos notícia de um colega que se infectou e ninguém faz nada”, denuncia.

Ela informa que a prefeitura afirmou que só se caracteriza surto de Covid-19 quando se infectam um professor mais dois alunos na mesma turma, no entanto, os trabalhadores defendem o retorno do ensino remoto, como aconteceu em 2020, até que haja vacinação para a comunidade escolar. “A Ufes [Universidade Federal do Espírito Santo] e o Ifes [Instituto Federal do Espírito Santo] mantiveram as aulas remotas. Por que medir com régua diferente os demais? Por que servidores do Estado e do município têm que morrer?”, questiona Luciana.

As aulas remotas, ressalta, não significam se abster do trabalho, já que, de acordo com os profissionais, atuando nesse formato, a carga é bem maior. “Tivemos que nos adaptar a uma nova realidade, alimentar plataforma, entregar material impresso, e fazer tantas outras atividades”, recorda. Luciana também teme a possibilidade de contrair Covid-19 e infectar entes queridos. “Cada professor tem uma família, muitos têm pai e mãe idosos, têm filhos”, desabafa. Ela também denuncia a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nas escolas, como máscara e álcool em gel.
Embora afastada por ter comorbidades, a professora Mônica Alves se mostra preocupada com a situação, já que muitos colegas de trabalho estão trabalhando presencialmente nas escolas. Ela defende que as escolas com casos confirmados deveriam ser fechadas por 15 dias e que é preciso fazer testagem entre os profissionais da educação para detectar assintomáticos.
Em nota encaminhada para Século Diário, a Secretaria Municipal de Educação informou “que os casos confirmados de Covid-19 são informados por meio dos gestores das escolas na plataforma da Escola Segura”. Disse, ainda, que “todo o monitoramento é feito através da Vigilância Sanitária e Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e também, pela Secretaria Municipal de Educação”, sendo a escola fechada “somente quando há surto, o que não acontece na rede municipal”.
Quanto aos EPIs, a gestão de Arnaldinho Borgo (Podemos), afirma que “todos os profissionais foram orientados a disponibilizar os EPI’s necessários aos servidores”.

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