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Governador se reúne com prefeitos e Ministério Público sobre combate à Covid-19

Casagrande destacou necessidade de união de todos para evitar o colapso da saúde capixaba

Rodrigo Araújo/Governo ES

O governador do Estado, Renato Casagrande, liderou, na manhã deste sábado (13), uma reunião da Sala de Situação com a presença de prefeitos e representantes do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES). Durante a reunião virtual, foi apresentada aos gestores a Matriz de Risco de Convivência, que é utilizada para elaboração do Mapa de Risco Covid-19, divulgado semanalmente.

Casagrande destacou a necessidade da união de todos os atores sociais neste enfrentamento ao novo coronavírus (SARS-CoV-2). “Nosso esforço é para que o sistema de saúde não entre em colapso. Este é o momento mais grave e mais intenso desde o início da pandemia. Com o avanço da vacinação, a gente vai protegendo a sociedade. Por isso, não podemos bobear agora. Vamos discutindo e debatendo ações em conjunto. Gostaria de agradecer a ajuda de todos os prefeitos, da Amunes [Associação dos Municípios do Espírito Santo] e do Ministério Público neste trabalho”, declarou o governador.
A reunião virtual teve a participação dos secretários de Estado que fazem parte da Sala de Situação; da procuradora-geral de Justiça, Dra. Luciana Andrade; e de 60 prefeitos capixabas.


Medidas mais restritivas

O 48º Mapa de Risco da Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (12) e com vigência a partir desta segunda-feira (15), não possui nenhum município em Risco Baixo. Sessenta e um estão em Risco Moderado e 17 estão em Risco Alto, incluindo os dois mais populosos, Serra e Vila Velha, na região metropolitana.

Com o agravamento da pandemia no Espírito Santo, refletindo o que ocorre no restante do país, com recordes de mortes e internações, o governo do Estado modificou as medidas qualificadas para os municípios em vermelho no mapa, com proibição de eventos e limite de horário de funcionamento de bares e restaurantes e para venda de bebidas alcóolicas.
O governador anunciou o retorno de metade dos servidores públicos para o trabalho remoto e enfatizou a necessidade de empresas voltarem a intensificar o trabalho remoto em todas as funções possíveis, tendo ele mesmo dado o exemplo, transformando em virtual os eventos presenciais programados para este fim de semana, antes mesmo da vigência do 48º mapa de risco.

Ainda de acordo com ele, a próxima semana será dedicada para articulação com o objetivo de construir o que ele chamou de pacto capixaba de enfrentamento à Covid-19, com diálogo com diversos setores da sociedade, como o empresariado e a sociedade civil organizada.
Três semanas para o colapso

As orientações compartilhadas por Casagrande estão em sintonia com as recomendações epidemiológicas dos especialistas. Instantes antes do anúncio, a professora-doutora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel, integrante do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), que assessora o governo do Estado no enfrentamento à pandemia, já havia pedido o retorno do trabalho remoto em larga escala imediatamente, mediante a previsão de colapso do sistema de saúde do Espírito Santo em no máximo três semanas.
O doutor em Matemática e professor da Ufes Etereldes Gonçalves Junior, também membro do NIEE, explicou que a conta é bem simples para a previsão. Restando pouco mais de 100 leitos de UTI para Covid-19 na rede hospitalar capixaba, no ritmo atual, eles estarão esgotados em menos de três semanas.

“Temos que construir essa pactuação com a sociedade, para convencer de que é necessário colocar medidas mais restritivas. Não é possível fazer isso de uma hora para outra, é preciso construir esse processo, mas não pode passar da semana que vem, senão será inócuo. Esse é o nosso apelo”, pediu o matemático.

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