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ES vai abrir mais 400 leitos, equivalente a quatro hospitais de campanha

Anúncio foi feito pelo secretário Nésio Fernandes, ao pedir à população que defenda o “pacto pela vida”

Reprodução

O Espírito Santo ainda ampliará 400 leitos para Covid-19, sendo 200 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 200 de enfermaria. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (17) pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em suas redes sociais, ao apelar à população para que defenda “o pacto pela vida” – quarentena de 14 dias estabelecida pelo governador Renato Casagrande (PSB), por meio do Decreto nº4838-R/2021.

“Nesses 14 dias não saiam de casa. Usem máscara se tiverem que sair, saiam somente para atividades essenciais. Denuncie qualquer irregularidade às normas que foram postas. Vamos dar exemplo para o país”, conclamou o gestor da Sesa.


Os 400 leitos, ressaltou, representam quatro hospitais de campanha, porém, “sendo expandidos em hospitais reais, com alta qualidade assistencial”. No entanto, advertiu, “se essa estratégia falhar, não haverá leitos para todos, na rede privada, na rede filantrópica e na rede pública”, disse, repercutindo o alerta feito nesta terça-feira (16) pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), de que o Brasil atravessa a maior crise sanitária e hospitalar da sua história.

“No dia 16 de março [terça-feira] o Brasil registrou mais de 2,8 mil óbitos pela Covid-19. No Espírito Santo foram mais de sete mil notificações, 37 óbitos, 2,5 mil casos confirmados. No dia de hoje [17], temos 691 internados nas UTIs dedicadas a atender pacientes com a Covid-19”, informou Nésio Fernandes, citando os dados do Painel Covid-19, que registra 90,09% de ocupação de leitos na rede hospitalar capixaba.

“As redes privada, filantrópica e pública estão chegando no limite máximo da expansão de leitos. Não existem trabalhadores para uma expansão infinita de leitos de UTI e enfermaria no Espírito Santo, assim como no país. O esgotamento da capacidade assistencial e o colapso em outros estados poderão afetar também a nossa rede assistencial, com a migração via fronteira terrestre de pacientes em ambulâncias e carros particulares graves vindos dos estados fronteiriços”, expôs o gestor. “O momento que o país vive é crítico, é de colapso simultâneo em quase todos os estados”, sublinhou.
“O colapso estabeleceu-se em todo o país e nós não queremos viver isso no Espírito Santo”, reiterou. “Já sabemos o que aconteceu com os estados que, no momento que tinham oportunidade de restringir as atividades e interromper a transmissão, não tomaram as medidas necessárias ou tiveram grandes sublevações de pessoas que, negando a gravidade da pandemia, foram contra as medidas de restrição às atividades sociais”, argumentou, tocando em uma situação que coexiste no tecido social capixaba, com várias lideranças políticas se insuflando contra a quarentena.

Por isso, reafirmou, “eu quero convidar todo o povo capixaba a participar do pacto pela vida, adotando de maneira disciplinada todas as medidas determinadas pelo decreto do governador Renato Casagrande. Que a gente consiga dar um exemplo de união, disciplina e cidadania no Espírito Santo”, pediu.

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