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Cariê

Escrevo sobre ele por vários motivos, sim uma homenagem. Existiram dois Cariês em um só

Eu não fui do seu tempo, ele estava um tempo à frente. Escrevo sobre ele por vários motivos, sim uma homenagem. Pelo seu filho Café, que me levou para a Gazeta, pelo o que ele representou na sociedade e para a imprensa capixabas.

Existiram dois Cariês em um só. O músico, poeta amigos de artistas nacionais, aqueles da Bossa Nova e o outro empresário, capitão de indústria, amigo dos jornalistas de seu poderoso jornal.

O Carlos Fernando vem em escala genealógica. Primeiro o patriarca, o senador Carlos Lindenberg, ex-governador também. Segue com Cariê e agora com Café. Ah, tem o neto agora. Não podemos omitir a figura lendária do general Darcy Pacheco de Queiroz, tio de Cariê, que esteve à frente da Gazeta nos anos 60.

Enquanto dos meus 12 anos de Gazeta (em duas fases), tive alguns poucos contatos com ele. O contato direto era com Café, que assumia aos poucos o pequeno império.

A mais marcante foi quando assumi as rádios e, nos programas de estreia de Jairo Maia, disse no microfone que pedia licença às demais co-irmãs (rádios de Vitória), que em dois meses já estaríamos em primeiro lugar de audiência.

Ele passava pelo corredor e ouviu. Esperou eu sair do estúdio e me disse: “Você está doido de falar uma coisa dessa no microfone?”. Que eu respondi. “Mas estaremos mesmo”. E não demorou dois meses e sim 45 dias.

Era compositor e fez a música instrumental Devaneio, que foi tema de abertura diária dos trabalhos da TV Gazeta, que naquele tempo saía do ar à noite. Ela está no youtube com o pianista Pedro Permuy, executada nos 90 anos do jornal.

Um de seus grandes predicados, apesar do pai ter grande projeção política, nunca quis se enveredar por esse caminho. Fez bem e até porque não precisava. Tinha um canhão nas mãos.

Foi quando trabalhei lá que fui enriquecido com a amizade e o reconhecimento dos mais eficientes jornalistas, radialistas e do pessoal da área técnica do Espírito Santo. Isso salário nenhum paga.

Enquanto trabalhava lá, caminhava na praia todas as manhãs, talvez com seu melhor jornalista e amigo que por ali passou, Rogério Medeiros. E ele me contava histórias e histórias do jornalismo brasileiro e local. Cariê foi destaque de muitas conversas à beira-mar.

Fico sentido com sua morte e volto a dizer essa frase: “Perdemos muitos conhecidos e isso dói. Mas tem alguns que partem e dói mais”.

Por Café, um gentleman e um líder nato, eu homenageio seu pai, Cariê Lindenberg, de muitas histórias, na sociedade e na imprensa do Espírito Santo.

PARABÓLICAS

Lembrei então da confraria das sextas da Gazeta. Eu, Buery, Magela e sempre um ou dois convidados, da própria empresa.

Então lembrei de Jairo Maia, Zé Henrique, Bolinha, Peixoto, Pirajá, Olegario, Ovelha…

Lembrei então de Paulo Gava, Valtinho, Maria Helena, Aurelice, Rui Monte, Paulo Sergio, Carlinhos Benfica…

E também de Edu Henning, Monica Camilo, Keko, Saul, Ted Conti,
Carlos Tourinho…

ACESSE
http://jrm50anos.blogspot.com.br/

ACESSE TRADUÇÃO JRM YOUTUBE
Seals – Love’s Divine
https://www.youtube.com/watch?v=YaQITMNh0WE

MENSAGEM FINAL
O único meio de controlar o modo como você é visto é ser honesto o tempo todo. Tom Hanks

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