Atual gestão de Vila Velha promete para o próximo mês o orçamento que permitirá o retorno das atividades
O posto antigo foi embargado após uma construção irregular no imóvel vizinho. Um pilar de sustentação foi erguido sobre o muro da unidade, o que provocou riscos de instabilidades na estrutura do prédio público.
Com a interdição, todos os atendimentos passaram a funcionar na unidade provisória. No entanto, a reforma do posto antigo foi postergada por anos. “A gestão passada não se esforçou para reformar”, aponta o líder comunitário Gilson Junior, em referência à administração do ex-prefeito Max Filho (PSDB).
Além da demora para a resolução do problema, a unidade provisória só foi conquistada após manifestações dos moradores. “Na verdade, iríamos ficar sem unidade em Paul, mas lutamos, fizemos protestos para não deixar sem a unidade”, destaca.
Um dos problemas do local provisório é a falta de espaço para os profissionais de Saúde que trabalham no local. Pedro Balbino, de 71 anos, mora próximo à Unidade de Saúde e conta que o prédio não é suficiente para atender todos os usuários. “Em dia de chuva, tem que ficar metade dos pacientes do lado de fora porque não cabe todo mundo”, exemplifica.
A unidade foi transferida para a rua Moscoso, ainda no bairro Paul. Segundo o morador, além da falta de espaço, as ruas que dão acesso ao posto provisório são mais inclinadas, o que dificulta a acessibilidade de pessoas com deficiência. “Eu vejo cadeirante subindo com dificuldade aquela rua”, denuncia.
A atual gestão municipal, que tem à frente o prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), informou, em nota, que a Secretaria de Obras está elaborando um orçamento com o levantamento dos serviços necessários para reforma da Unidade de Saúde, incluindo a demolição da varanda vizinha. “O orçamento com o investimento necessário para o retorno das atividades será concluído no próximo mês”, promete.
Histórico
Em junho de 2020, a prefeitura publicou, no Diário Oficial, a desapropriação do imóvel localizado nos fundos da Unidade Básica de Saúde de Paul. De acordo com o Decreto nº 129/2020, o objetivo era a conservação de bem público, em razão do risco iminente provocado pela construção irregular.
Na ocasião, o procurador geral do município, José de Ribamar Lima Bezerra, afirmou que um vizinho da Unidade de Saúde fez uma construção nos fundos da própria residência e colocou os pilares sobre o muro da unidade de Saúde, causando riscos de instabilidade na estrutura.