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Presença da variante P1 na fronteira com Minas ameaça o Espírito Santo

Variante é mais agressiva para adultos e jovens do que a inglesa, já registrada no Estado

O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, anunciou nesta sexta-feira (9) que, diante da falta de uma coordenação nacional que possibilite, por exemplo, o controle nas fronteiras, o Espírito Santo pode se tornar vulnerável a outras variantes da Covid-19. Entre elas, está a P1, detectada primeiramente em Manaus, no Amazonas, considerada “mais crítica em jovens e adultos” do que a inglesa, que já se encontra no Estado.

Nésio explica que, no caso específico da P1, o risco se dá uma vez que estudos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Governo de Minas Gerais apontam a presença da variante naquele estado, inclusive em municípios que fazem fronteira com o Espírito Santo. Diante disso, recomenda Nésio, as cidades capixabas devem fazer uma testagem massiva.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou que, ainda nesta sexta-feira, chegam mais 190 mil testes de antígeno. “Não se deve negligenciar os sintomas, quem tiver com algum deve procurar uma unidade de saúde e fazer teste de antígeno”, recomenda Reblin.

Nésio informa que a pressão assistencial na saúde começou a estabilizar, possibilitando, possivelmente nas próximas semanas, o início de uma fase de recuperação da pandemia. Porém, destaca, abril se mantém como um mês crítico, o que exige a disciplina necessária nos municípios de acordo com o grau de risco de cada um.

O secretário também destacou a necessidade de coesão social no combate à pandemia. “Todos os líderes deveriam estar unidos, todas as bases, como religiosas e políticas, devem ser convocadas à coesão social com base nas medidas que a ciência recomenda”, disse.

Ele afirmou também que o tempo de espera por leito de enfermaria, em 75% dos casos, é de menos de 24h. Já nos outros 25%, entre 24 e 48h.

Ocupação de leitos na rede privada

Ainda nesta tarde, informou o secretário, será divulgado o painel de ocupação de leitos na rede privada. Segundo Nésio, isso não foi feito antes porque alguns hospitais não o preencheram adequadamente, mas independentemente disso, a divulgação será efetivada, inclusive apontando os hospitais que não disponibilizaram os dados solicitados.

Ele informou que a rede privada passa por um momento de escassez de kit intubação, o que também acontece na rede pública, mas em menor escala, já que o Governo do Estado se antecipou na compra e tem contratos vigentes. A situação das Organizações Sociais de Saúde (OSs), segundo o secretário, é semelhante à dos hospitais privados.

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