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Com salários atrasados, rodoviários paralisam atividades

Trabalhadores da Tabuazeiro e Metropolitana afirmam que só voltarão ao trabalho após receber o pagamento

Trabalhadores da viação Tabuazeiro, que circula em Vitória, e da Metropolitana, que opera no Sistema Transcol, paralisaram suas atividades na manhã desta quarta-feira (14). O motivo, segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários), Miguel Leite, é o atraso no pagamento dos salários e do tíquete alimentação, o que aponta como corriqueiro.

Miguel relata que, na Tabuazeiro, o atraso salarial e do tíquete é de quatro meses. Já na Metropolitana falta pagar os adiantamentos de 20 de fevereiro e 20 de março, os pagamentos de sete de março e sete de abril, e um tíquete no valor de R$ 793,00.

O diretor do Sindirodoviários afirma que a paralisação foi uma iniciativa dos trabalhadores, que afirmam não retornar às atividades sem que os pagamentos sejam efetivados.

Miguel destaca que as empresas alegam não ter receita para arcar com o compromisso. Ambas “estão arrastando as pernas há muito tempo”, como afirma, mas durante a pandemia a situação piorou, pois antes os salários atrasavam alguns dias, e agora passaram a acumular.

Outra queixa dos trabalhadores é o não pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), do plano de saúde e do desconto da contribuição sindical dos filiados ao Sindirodoviários, mas sem repasse do montante para a entidade.

O presidente do sindicato, Marcos Alexandre, afirma que as empresas estão falidas e orienta os trabalhadores a procurar o jurídico do sindicato para garantir seus direitos diante dessa situação.
Na manhã dessa terça-feira (13), os rodoviários de todas as empresas do Sistema Transcol também fizeram uma paralisação. Eles reivindicam a inclusão da categoria nos grupos prioritários para vacinação contra a Covid-19. O diretor da entidade, Valdecy Dulcilina, afirma que, durante toda a crise sanitária, cerca de 30 rodoviários morreram e que, atualmente, vários estão internados.
A situação tem deixado os trabalhadores assustados. “Nós prestamos um serviço essencial, estamos desde o início da pandemia com a mão na massa”, diz.

Valdecy questiona a inclusão somente de algumas categorias profissionais entre os grupos prioritários. “As forças de segurança foram vacinadas. Os professores começarão a ser vacinados no dia 15. Não somos contra vacinar essas pessoas, mas devemos ser vacinados também. A gente só serve para carregar o peso? Nós não somos diferentes dos guardas e dos professores. Nossa vida não vale menos”, destaca Valdecy.

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