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Centro Cultural Eliziário Rangel anuncia novidades em sua estrutura

Veja quais novidades esperam para a reabertura, ainda sem data prevista por conta da pandemia

Um dos espaços culturais independentes de referência no Espírito Santo, o Centro Cultural Eliziário Rangel (CCER), na Serra, está aproveitando a pandemia e os recursos oriundos da Lei Aldir Blanc para incrementar sua estrutura, que conta com três pavimentos, no bairro São Diogo. 

Nova área ampliada da biblioteca comunitária. Foto: Divulgação

São várias novidades. A primeira delas é um espaço mais amplo para a biblioteca, que antes comportava cerca de 6 mil livros e agora poderá abrigar mais de 10 mil exemplares. Ainda no térreo estará uma nova sala multiuso, que terá foco principal na exibição audiovisual e capacidade para 30 pessoas simultaneamente.

Além disso, haverá um espaço de residência artística, que possibilitará receber artistas de diversos lugares do Brasil e do mundo para passarem temporadas produzindo e realizando atividades no centro cultural. 

O térreo continuará tendo também um espaço de uso comum, que proporciona trocas e encontros entre diversas linguagens, além do local ter recebido novas pinturas e obras para melhorar a acessibilidade. O segundo andar, onde está localizada a galeria de arte e o teatro do espaço cultural, também teve melhorias, recebendo pintura, novas cadeiras e novos ventiladores para melhorar a recepção do público.

“Será um novo centro cultural com mais potência e estrutura para receber e difundir ações artísticas e culturais. Se antes da reforma as possibilidades eram muitas, agora elas foram alargadas ainda mais”, afirma Antônio Vitor, coordenador do Eliziário Rangel.

Ele considera que a reforma aumenta as linguagens da instituição, estendendo para atividades de audiovisual e pesquisa artística, além de fortalecer outras linguagens como a literatura. Fechado desde o início da pandemia, o espaço ainda não tem previsão de voltar a abrir, dada a difícil situação que ainda se enfrenta diante da Covid-19, prometendo voltar apenas com o avanço da vacinação e uma situação sanitária segura. Mas enquanto isso, vai preparando terreno e realizando diversas atividades online como oficinas e debates. “Mesmo com as portas fechadas para o público presencial desde 17 de março de 2020, seguimos tentando exercitar um caráter de utilidade pública nas nossas ações”, afirma o coordenador do CCER.

Nova entrada do Centro Culural Eliziário Rangel, ainda sem previsão para reabrir. Foto: Divulgação

Antônio Vitor considera a Lei Aldir Blanc, criada a partir da mobilização da sociedade civil junto a deputados federais, como um divisor de águas. O centro cultural participou ativamente dos debates para aprovação da lei. “A pandemia trouxe a urgência de gestar soluções coletivas para o setor”, diz. Os recursos federais captados por meio dela contribuíram para que o centro cultural pudesse se reformular. “Certamente a reforma ultrapassou o valor dos recurso da Lei Aldir Blanc e teve que ser complementado com recursos próprios, mas é inegável a contribuição da Lei Aldir Blanc no socorro aos espaços culturais e, no nosso caso, um suspiro para alavancar futuras ações tão logo a pandemia passe, caso ela passe. Por isso, classificamos a lei Aldir Blanc como fundamental nesse momento que atravessamos”, considera.

“Com a nova estrutura poderemos receber festivais literários, de cinema, teatro; podemos receber e promover ações pontuais e/ou permanentes de dança, artes plásticas e visuais, gastronomia além de incentivar um polo de produção científica nas artes e cultura com a residência artística”, enfatiza o produtor cultural.

Como o recurso disponível não foi suficiente, o Centro Cultural ainda está buscando captar recursos para as obras no terraço, onde ficará o novo café-bar e um mirante, com expectativa de poderem ser construídos ainda neste ano de 2021.

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