A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou na noite desta terça-feira (27) a relação dos municípios capixabas onde não há mais as doses D2 (segunda dose) da vacina Coronavac. São eles: Águia Branca, Aracruz, Barra de São Francisco, Ecoporanga, Laranja da Terra, Mantenópolis, Pancas, Ponto Belo, São Mateus, Vila Pavão e Vila Valério, no norte; Alegre, Anchieta, Apiacá, Bom Jesus do Norte, Iconha e Marataízes, no sul; Dores do Rio Preto, Irupi, Iúna, Jerônimo Monteiro e São José do Calçado, no Caparaó; Afonso Cláudio, Conceição do Castelo e Marechal Floriano, na região serrana; e Viana, na Grande Vitória.
A Sesa afirmou, ainda, que uma coluna informando a atualização das doses D2 será inserida na tabela de distribuição do Painel de Vacinação. Em coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira (26), o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, apontou que a escassez ocorre em todo o Brasil e que a gestão estadual contatou o Ministério da Saúde solicitando a resolução do problema.
O secretário relatou, ainda, que caso as doses enviadas pelo Governo Federal não cheguem nesta semana, devem ser no início de maio, podendo haver atraso de uma ou duas semanas na aplicação da segunda dose
. “Não é possível afirmar que não há prejuízo da eficácia total, mas acreditamos que uma ou duas semanas não prejudiquem”, disse Nésio. A falta de imunizantes para a segunda dose, segundo ele, é porque nas duas últimas semanas a quantidade enviada pelo Ministério da Saúde foi reduzida.
Já o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirmou que, mesmo diante da falta de doses da Coronavac em alguns municípios, não é aconselhável se vacinar em outro. “O ideal é se vacinar na unidade de saúde de onde a pessoa mora. Buscar em outra cidade diminui o número de doses para quem mora lá”, explica.
Compra direta
Nesta terça-feira, em suas redes sociais, o governador Renato Casagrande informou que formalizou ao Instituto Butantan, em São Paulo, o interesse na aquisição de 4 milhões de doses da Butanvac, vacina 100% brasileira. O imunizante começa a ser produzido nesta semana e, caso seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a previsão é de que esteja à disposição em quatro meses.
No ofício encaminhado ao Butantan, Casagrande destaca “a referência desse Instituto na área de saúde pública e a qualidade e eficiência de sua produção de vacinas e soros” , e afirma que a aquisição tem o “intuito de imunizar a população capixaba e intensificar as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus”.
O
governador visitou o Butantan em 23 de abril.
A comitiva capixaba acompanhou o envase de doses da CoronaVac, utilizada na imunização da população contra o novo coronavírus. Além de Casagrande, estiveram presentes o secretário de Estado de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Tyago Hoffmann; e o secretário especial de Governo do Estado de São Paulo, Antônio Imbassahy.
Segundo o governador, a possibilidade de aquisição da Butanvac não anula a busca por compra de vacinas com outros fornecedores.