De Erick Musso para aliado de Casagrande na Amunes: Victor, você vai respeitar a Assembleia!
Rápido
O conflito com a Assembleia ocorre antes mesmo de Coelho esquentar a cadeira de presidente da Amunes. Ele tomou posse no início deste mês, em chapa de consenso costurada pela gestão estadual e pelo ex-ocupante do cargo, Gilson Daniel (Podemos), hoje secretário de Governo de Casagrande. Gilson foi citado por Erick Musso, mas em tom contrário, como “um legado importante”.
Segunda posição
A diretoria da Amunes, é bom lembrar, tem na vice-presidência um prefeito do partido de Erick, Luciano Pingo, de Ibatiba.
Vespeiro
Nesse primeiro momento, a fala de Erick não teve tanta repercussão em plenário, restando a poucos deputados elogiá-lo pela repreensão a Victor Coelho. Mas, tudo indica, terá desdobramento.
‘Vitimismo’
Na primeira sessão da Câmara de Vitória após as últimas agressões verbais de Gilvan da Federal (Patri) às vereadoras Camila Valadão (Psol) e Karla Coser (PT), nesta terça-feira (27), ficou clara a resistência do plenário em admitir o machismo e a violência política de gênero. Em muitos discursos, até quando a tentativa era exaltá-las, sobrou a palavra “vitimismo”.
Urnas
As duas vereadoras fizeram discursos importantes, reafirmando que não se calarão e que a questão ultrapassa os limites da Câmara, ao envolver a luta de todas as mulheres. Outro ponto essencial repetido por elas e, que, de fato, não pode ser esquecido: o respeito aos votos que tiveram nas urnas e a seus eleitores. A população de Vitória, aceite a maioria da Câmara conservadora e de direita ou não, elegeu duas mulheres e de partidos de esquerda. Mais votadas, inclusive, que o mais extremista, Gilvan da Federal.
Nível
E o vereador, afinal? Nada diferente do esperado para alguém do seu perfil. Fez mais alguns discursos absurdos, avisou que manterá o confronto, “está pouco se lixando” e “não se senta com o diabo”, referindo-se ao Psol e ao PT.
Quebra de decoro
O que mudou mesmo, além do incômodo de alguns vereadores pela exposição decorrente da repercussão do caso, foi a instauração da Corregedoria-Geral da Câmara, permitindo, então, que Camila Valadão protocolasse representação contra Gilvan por prática de atos incompatíveis com a ética e decoro parlamentar. As penalidades sugeridas são advertência verbal e a suspensão das prerrogativas.
Teste
Tratando-se de legislativos, porém, não é novidade que costuma prevalecer o corporativismo, reservando aos processos as gavetas. O teste no colegiado, neste caso de Gilvan, será determinante para entender se a Câmara só agiu para mostrar serviço diante das sucessivas críticas a esses episódios, que ocorrem ainda no início da atual legislatura, ou se realmente vai fechar o cerco a esse show de desrespeito e horror. A conferir!
Nas redes
“Começa a CPI da Covid: o Senado pode fazer História, responsabilizando Bolsonaro pela gestão trágica de uma pandemia que, por ação e omissão do governo, já custou a vida de mais de 392 mil pessoas no Brasil. Confio e farei o que estiver ao meu alcance para que prevaleça a Justiça!”. Fabiano Contarato, senador pela Rede.
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Costura palaciana
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