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Dados preliminares de cientistas capixabas já comprovam: vacinas salvam vidas

Núcleo Interinstitucional avalia impacto das vacinas nas internações e óbitos em oito faixas etárias

Dados sobre óbitos e internações em oito faixas etárias da população capixaba, que já foram alcançadas, total ou parcialmente, com a segunda dose da vacina contra a Covid-19, mostram o que os cientistas já vêm afirmando desde o início da pandemia: as vacinas salvam vidas.

Feito pelo Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), que assessora tecnicamente o governo do Estado na gestão da pandemia, o estudo ainda é preliminar, mas alentador. 

Integrante do NIEE, a doutora em Epidemiologia e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel declara a alegria de ver a confirmação de que a vacinação é o caminho certo a seguir. “São dados muito animadores, que vão mostrando o que a gente já sabia, a partir da experiência com outras vacinas: é o que pode controlar a pandemia de Covid-19”, afirma.


São dois gráficos: de internações e de óbitos. Em ambos, o comportamento das curvas desses indicadores para cada uma das oito faixas etárias mostra que algumas semanas após a vacinação, a queda se acentua. “Naquelas faixas que já iniciaram há mais tempo a vacinação e que muito provavelmente já têm a segunda dose, já fizeram o esquema vacinal completo, a linha de queda de internação e óbito foi maior”, pontua Ethel Maciel.

Os óbitos da faixa etária de 90 a 95 anos, por exemplo, que nos gráficos está em cor verde, correspondiam a 7,5% do total de mortes no Estado antes da vacinação, iniciada para este grupo na Semana Epidemiológica (SE) nº 5 (31 de janeiro a seis de fevereiro), conforme mostra a linha tracejada vertical da mesma cor. Sete semanas após, a tendência de queda se consolida com mais intensidade, chegando a 2% do total na SE nº 17 (25 de abril a primeiro de maio).

“Sempre tem primeiro a queda de internação e depois de óbito. Natural, você vai tendo menos infecções, depois menos internações e, finalmente, menos óbitos”, explica.

A linha vermelha (85 a 90 anos) saiu de 7,5% do total para cerca de 4,5% na SE 17. A linha amarela (80 a 85 anos), caiu de aproximadamente 12% para 8%. A cinza (75 a 80 anos) também, de 14% pra 10%, mas com um comportamento muito oscilante ainda não compreendido pelos cientistas.

Já a linha laranja (70 a 75 anos) mostra queda acentuada apenas das internações, por enquanto, mas já está em queda na curva de óbitos, atingindo um percentual menor que antes da vacinação em breve. Mesmo comportamento mostrado na linha azul clara (65 a 70 anos).


Também integrante do NIEE, o doutor em Matemática e professor da Ufes Etereldes Gonçalves Junior celebra: “ainda iremos produzir uma nota técnica, incluindo outras análises e hipóteses, mas os resultados preliminares já trazem uma boa notícia: vacinas salvam!”.

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