sábado, novembro 23, 2024
23.9 C
Vitória
sábado, novembro 23, 2024
sábado, novembro 23, 2024

Leia Também:

Apesar do apoio da maioria, ‘PL da Enfermagem’ não entrou em pauta no Senado

Presidente do Coren/ES, Andressa Barcellos, aponta “força do lobby dos empresários da saúde”

Ao atingir 56 assinaturas de senadores para votação imediata, a expectativa era de que o Requerimento de Urgência 1527/2021, para que seja pautado o Projeto de Lei (PL) 2564/2020, que institui o piso nacional de enfermeiros, auxiliares de enfermagem e parteiras, fosse lido na sessão dessa terça-feira (18) do Senado. Entretanto, isso não aconteceu, o que para a presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren/ES), Andressa Barcellos, mostra “a força do lobby dos empresários da saúde”.

Segundo Andressa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), não considerou as assinaturas, jogando a discussão para a reunião do Colégio de Líderes, que acontecerá nesta sexta-feira (21). Para ela, a forma como está sendo tratado o projeto de lei de autoria do senador capixaba Fabiano Contarato (Rede) mostra que a Casa de Leis não representa de fato o povo.

“Há parlamentares que não representam os direitos do povo, se representassem, o projeto já teria entrado em pauta. A não inclusão é uma ação para atender interesses dos empresários da saúde”, acredita.

A proposta de Contarato contempla a criação de um piso de R$ 7,3 mil mensais para enfermeiros, de R$ 5,1 mil para técnicos de enfermagem, e de R$ 3,6 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras. No caso dos enfermeiros, o valor estabelecido pelo projeto é para 30 horas semanais.

Em suas redes sociais, Contarato recordou que, nesta quinta-feira (20), comemora-se o Dia Nacional do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem. “Eles representam milhares de profissionais da saúde que estão arriscando suas vidas na linha de frente do combate à Covid-19. Mais do que parabéns e palmas, vocês merecem dignidade salarial! O melhor presente para essa comemoração é que o PL 2564 seja aprovado. É por isso que vamos continuar lutando pelo piso salarial nacional da enfermagem”, garantiu.
Segundo o deputado federal Túlio Gadelha (PSB-PE), em suas redes sociais, o número de assinaturas no Requerimento de Urgência já chegou a 76. “Presidente Rodrigo Pacheco, não seja um inimigo da enfermagem. Já são 76 dos 81 senadores assinando o requerimento de urgência do PL 2564. Apenas o senhor não quer por na pauta”, disse. 

Até essa segunda-feira (18), não havia as assinaturas dos senadores Marcos do Val (Podemos) e Rose de Freitas (MDB), mas agora os nomes de ambos constam na lista disponibilizada no site do Senado.


Na Casa, o projeto enfrenta investidas de empresários, entidades e planos de saúde, que alegam “impacto financeiro”. As gestões municipais também apontam que, caso seja aprovado, trará “brutal aumento de despesa”.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), primeiro, encaminhou ofício ao Senado solicitando a não votação do projeto. Posteriormente, em novo documento, afirmou “não ser contrária à valorização destes profissionais”, mas continuou afirmando que os municípios não teriam condições de arcar com o pagamento do piso, apontando como solução federalizar as carreiras de enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras. A associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), presidida pelo prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Victor Coelho (PSB), assinou ambos os ofícios. 


‘Piso salarial para a enfermagem é justo e necessário’

Deputada Janete de Sá defende piso estadual nos mesmos moldes do projeto de Contarato no Senado


https://www.seculodiario.com.br/saude/piso-salarial-para-a-e

Mais Lidas