quinta-feira, novembro 21, 2024
24.4 C
Vitória
quinta-feira, novembro 21, 2024
quinta-feira, novembro 21, 2024

Leia Também:

Estudantes e trabalhadores se unem em ato contra o governo federal no sábado

Liderado pelo movimento estudantil, ato em Vitória terá concentração na Ufes, e ocorre simultâneo a outros convocados no País

Levante/ES

Entidades sindicais e movimentos estudantis do Espírito Santo participarão do ato contra o governo federal no próximo sábado (29), convocado em diversas regiões do País. As mobilizações reivindicam o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, vacinação para todos e auxílio emergencial digno, além de lutar contra os cortes na educação e a reforma Administrativa. Em Vitória, a concentração será em frente ao campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), às 15h.

“Vamos às ruas no dia 29 de maio em unidade com quem está ao lado do povo e da classe trabalhadora pelo ‘Fora Bolsonaro’, vacinação em massa, em defesa do SUS [Sistema Único de Saúde], da educação e dos serviços públicos, pela vida de todos os brasileiros e por auxílio emergencial de no mínimo R$ 600”, aponta a integrante da diretoria do DCE/Ufes, Elissa da Silva Soeiro.

Para ela, o líder do Executivo deve ser responsabilizado pela marca de quase meio milhão de vidas perdidas durante a pandemia. “Além de lidar com o luto, enfrentamos o desemprego, a fome, direitos retirados através das inúmeras reformas na tentativa de ‘passar a boiada’ para cima dos mais pobres, isso sem falar da brutalidade policial nas favelas brasileiras e o extermínio do povo preto e dos povos originários”, declara.

O integrante da secretaria estadual da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas/ES), Filipe Skiter, afirma que todas essas pautas são urgentes. “Não dá para esperar o ano que vem. Sabemos dos riscos, mas os trabalhadores estão correndo esse risco todos os dias, quando nos obrigam a ir trabalhar durante a pandemia. Não temos mais nada a perder”, ressalta.

A organização já conta, no Estado, com o apoio de representantes estaduais da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE/Ufes), do Diretório Central dos Estudantes do Centro de Ensino Fabra, de diretórios acadêmicos da Ufes, da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet) e de grêmios do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

Entre os trabalhadores, tem adesão da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT-ES), do Sindicato dos Trabalhadores na Ufes (Sintufes), da secretaria estadual da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas/ES), do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES) e da seção sindical no Ifes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe/Ifes).

Em razão da pandemia do coronavírus, a organização do protesto arrecada máscaras, álcool em gel e borrifadores, que serão oferecidos por uma comissão de biossegurança no ato. A instalação de fitas elásticas para separação das fileiras de manifestantes também é uma estratégia sanitária planejada para o próximo sábado.

Nas redes sociais das entidades organizadoras, a orientação é que os participantes utilizem máscaras durante todo o ato e tentem manter o distanciamento. “A gente sabe que ir pra rua nesse momento é complicado, mas estamos indo com responsabilidade, queríamos não precisar ir, só que o vírus que está matando a gente não é só o corona, é o governo Bolsonaro”, declara a presidente da CUT-ES, Clemilde Cortes Pereira.

Para ela, a mobilização conjunta entre trabalhadores e o movimento estudantil é fundamental para a reivindicação dos direitos. “A pauta dos estudantes não é diferente do que defende a Central Única dos Trabalhadores”, pontua.

A mobilização no Espírito Santo faz parte de uma jornada nacional marcada para os dias 26 e 29 de maio e para o dia 5 de junho. Uma das pautas, a reforma Administrativa, sugerida pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/20, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25). A PEC agora irá para a Comissão Especial e depois seguirá para o Plenário. “A pandemia foi usada para a retirada de direitos e a cada dia que passa eles tiram mais um”, critica Clemilde.

Mais Lidas