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​Protesto de servidores de Vitória abre diálogo para discutir Previdência

Servidores romperam a barreira da Guarda Municipal e foram até o gabinete do prefeito Pazolini

A segunda manifestação dos servidores e pensionistas de Vitória, realizada nesta quarta-feira (9), em frente à prefeitura, forçou a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) a iniciar um diálogo com a categoria para debater os descontos nos contracheques que entraram em vigor no mês de maio, quando passou a vigorar a reforma da Previdência, aprovada em janeiro. Na próxima terça-feira (15), o secretário municipal da Fazenda, Aridelmo Teixeira, vai conversar com uma comissão formada pelas entidades representativas do funcionalismo público.

Nesta quarta, os servidores se concentraram em frente à prefeitura, por volta das 10 horas, e conseguiram romper a barreira formada por guardas municipais, subindo a rampa até o gabinete do prefeito, que, mais uma vez, se recusou a atendê-los. O grupo se concentrou no auditório, onde o secretário da Fazenda aceitou receber uma comissão, na terça-feira, para debater a questão.

“A prefeitura está parecendo uma Torre de Babel, cada um dizendo uma coisa diferente”, se queixa Júlio Peixoto, presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas da Prefeitura de Vitória, um dos líderes do movimento, em protesto contras o desconto de 14% feito de forma linear nos contracheques de maio, quando começou a vigorar a Lei 9.720/2021.

Segundo ele, a atual gestão municipal tenta justificar a reforma afirmando que existe déficit, mas a presidente do Instituto de Previdência da Prefeitura de Vitória (IPAMV), Tatiana Prezotti, diz que as contas estão equilibradas. “Essa informação está no relatório de gestão de 2020, cujas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), inclusive para obtenção do Certificado de Regularização Previdenciária”, aponta.

Para Júlio, a gestão de Pazolini chegou sem plano e encaminhou o projeto à Câmara de Vereadores três dias após a posse. “Os vereadores deveriam ter devolvido o projeto ao prefeito, mas não o fizeram”, lamenta e comenta os prejuízos provocados a centenas de famílias.

A reforma previdenciária aprovada em Vitória não seguiu sequer a legislação federal, que determinou que, para aposentados e pensionistas, só poderão incidir valores superiores ao teto de GRPS, (atualmente R$ 6.432,77).

O projeto encaminhado por Pazolini, hoje lei, definiu que a partir de um salário mínimo (R$ 1.100) já passa a incidir o desconto de 14% e, acima do teto do GRPS, passam a incidir progressivamente descontos maiores chegando a até 22%”, segundo os servidores.

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