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Projeto “Viana Vacinada”, palestras em municípios e articulações políticas antecipam Gilson Daniel no jogo de 2022

Redes sociais

Prefeito por dois mandatos em Viana, ex-presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes), coordenador de equipes de transição após a disputa de 2020 e, há três meses, secretário de Governo de Renato Casagrande (PSB). Com aval e apoio da gestão estadual, Gilson Daniel (Podemos) começa com antecedência a erguer seu palanque para 2022, que, tudo indica, será a Câmara dos Deputados. Desde que foi nomeado na nova cadeira, em março, ele executa articulações com lideranças políticas e gestores, realiza palestras em municípios, participa de agendas oficiais na Grande Vitória e interior, e, agora, também “surfa” no projeto “Viana Vacinada”, que permite, em plena pandemia e escassez de doses, a imunização da população de 18 a 49 anos na cidade hoje administrada por seu “afilhado político”, Wanderson Bueno (Podemos). Apesar de fora do cargo de prefeito, o secretário de Governo faz do projeto também sua vitrine: apareceu em entrevistas na imprensa e, nas redes sociais, postou vídeos de todas as etapas e do Dia D, nesse domingo (13), ao lado de Casagrande, além de divulgar banner de “conseguimos” quando foi anunciada a campanha em Viana. As intensas movimentações já rendem, como registrado na semana passada na Assembleia Legislativa, discursos críticos referentes à troca no cargo, antes ocupado por Tyago Hoffmann, homem de confiança do governador. A substituição não agradou nem ao aliado Bruno Lamas (PSB), que na época “lamentou profundamente” a saída de um perfil técnico para entrar um político. Dessa vez foi Hudson Leal (Republicanos) que fez coro, citando a fábula do elefante e do escorpião, com um aviso a Casagrande: “Pode ter certeza, governador, que esta pessoa vai te trair. A história dele é de traição”. Apesar do pouco tempo de cadeira, para Hudson, “o secretário está sendo maior que o próprio governador”. 2022 promete!

‘Vergonha’
O discurso do deputado do Republicanos foi feito há exatamente uma semana, quando quatro projetos de autoria dos deputados foram promulgados pela Assembleia, após perda de prazo do governo para encaminhar os vetos, o que foi apontado por Hudson como vergonha nacional”. “Ele [Gilson Daniel] está fazendo política, é candidato, mas não pode esquecer de seus afazeres”, reforçou em plenário.

Holofote
Sobre o “Viana Vacinada”, também sobrou crítica. Iniciativa da Secretaria de Saúde (Sesa) e do governador, Hudson perguntou: “e quem foi para a imprensa falar?”, referindo-se a Gilson. Para o deputado, “muitas coisas ainda vão acontecer no governo”.

Lembrando…
… que Gilson saiu da Amunes, mas nem tanto! A articulação para eleição do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho, do PSB de Casagrande, como seu sucessor, o manteve na cena e, obviamente, na mesa de negociação com os prefeitos capixabas. Tudo no mesmo pacote: candidatura própria e reeleição de Casagrande.

Substituto
O vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos) foi sorteado como membro suplente provisório da Corregedoria na Câmara. A medida foi necessária para substituição de Camila Valadão (Psol), autora de representação contra Gilvan da Federal (Patri) por quebra de decoro.

Zero
Representação essa, aliás, que caminha para “pizza” após o relatório de Maurício Leite (Cidadania), que não viu problema algum nos ataques exaltados do colega contra Camila e pediu o arquivamento do processo. Violência política de gênero, para Maurício, é “apenas explicitar opinião política”. A propósito, se o desfecho for esse mesmo, vai surpreender um total de zero pessoas.

De olho!
Também serão responsáveis pela decisão Anderson Goggi (PTB), André Brandino (PSC) e Duda Brasil (PSL), os outros integrantes da Corregedoria que votarão o relatório, prevista para esta quarta-feira (16). O colegiado só foi instaurado recentemente, depois da repercussão negativa dos sucessivos episódios envolvendo Gilvan e as duas únicas vereadoras da Câmara, Camila e Karla Coser (PT).

Cenário lamentável
Por falar em violência política de gênero, a Câmara dos Deputados realiza, também nesta quarta, às 13h, audiência pública para discutir ataques a vereadoras do PT em todo o País. Convoca o debate a bancada do partido, incluindo Helder Salomão. Por aqui, no mês passado, Karla Coser debateu a questão com a Nacional, para definir medidas jurídicas e políticas.

Cenário lamentável II
Os problemas registrados em vários legislativos estaduais e municipais, potencializados desde as eleições de 2018, se referem a pedidos de cassação de mandato sem causa proferida, ofensas em plenário, agressões físicas e virtuais, injúrias, difamações, exploração da vida privada e até ameaças de morte. Principais vítimas: mulheres, mulheres negras e pessoas trans.

Mudou
A Fundação Ulysses Guimarães, do MDB, trocou de mãos no Estado. Assumiu Jeziel Buecker, no lugar de Chico Donato. O atual presidente afirma que o objetivo é trabalhar pelo fortalecimento da sigla para as eleições 2022, “com vistas a pacificar o diálogo partidário após as divergências internas no partido”. Difícil…

Nas redes
“Medidas restritivas do governo federal são inexistentes. Agora os governos estaduais ‘cansaram da pandemia’. Estamos com taxa de transmissão acima de 1 na maior parte dos estados, e está tudo normal. Todos de olho em 2022. Esquecerem que para isso precisamos sobreviver a 2021”. Ethel Maciel, epidemiologista e professora da Ufes

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