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​Entidades sindicais criticam Casagrande no manifesto ‘Fora Bolsonaro’ deste sábado

Concentração será no mesmo espaço do protesto 29M, em frente ao Teatro Universitário, em Vitória

“O governador Renato Casagrande e os prefeitos, ao atenderem os desejos dos tubarões do ensino particular, mostram seu completo descompromisso com a saúde e a vida de milhões de estudantes, servidores e seus familiares”. A crítica é parte da nota unitária divulgada nesta sexta-feira (18) por entidades sindicais no Espírito Santo para o 19J, manifestação deste sábado, que será realizada também em mais 300 cidades brasileiras exigindo “Fora Bolsonaro e Mourão Genocidas”.

A manifestação em defesa da democracia e fora Bolsonaro reúne sindicatos, lideranças políticas, professores e estudantes, movimentos sociais e todos os que queiram participar, a exemplo do que ocorreu em 29 de maio. A concentração será no campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Estado (Ufes), no espaço em frente ao teatro, de onde sairá uma carreata, provavelmente até a Assembleia Legislativa.

No Estado, já estão confirmados atos em Vitória, com participação de manifestantes de Vila Velha, Serra e Cariacica, em Aracruz (praça São João Batista), São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim (antiga Estação Ferroviária) e Marataízes (rotatória da Barra). Os organizadores alertam que os participantes devem usar máscara, álcool em gel e obedecer ao distanciamento, a fim de evitar aglomerações.

“Passado mais de um ano do início da maior pandemia da história, o desgoverno genocida de Bolsonaro e Mourão se aproxima da tenebrosa marca de 500 mil mortes oficiais por uma doença que já tem vacina”, diz a nota, que repudia, também, o programa de privatização do governo federal. 
“Na esteira do genocídio brasileiro, os fiadores e cúmplices neoliberais do grande capital tentam passar a boiada de hoje, através das privatizações da Eletrobrás, Correios, Caixa Econômica Federal, Codesa e Petrobras; tentam desmontar o aparato estatal das suas funções através da vergonhosa PEC 32, que instala o desmonte do serviço público e das políticas públicas, consequentemente”.

“As instituições demonstraram sua omissão e cumplicidade ao permitir a continuidade deste desgoverno, mesmo após o matadouro que se tornou o território brasileiro, mostrando que apenas a luta organizada da classe trabalhadora e do povo, tomando as ruas de todo o país exigindo seus direitos será possível derrotar esse projeto genocida”, aponta a nota, prossegue o texto.

“Sabemos muito bem a cor e a classe da maioria das vítimas desse genocídio, seja pelo vírus, pela fome ou pela mão armada do Estado. A pele preta acumula a morte ou o luto dos seus, se somando aos corpos indígenas, LGBTQIA+ e outros tantos corpos que não se encaixam no projeto racista, sexista, machista, preconceituoso e retrógrado do capital”, enfatiza.

As entidades entendem que “não é possível esperar as eleições de 2022, pois há centenas de milhares de mortes evitáveis hoje. É preciso acabar com o genocídio já!” e afirmam que “não há isolamento social possível para as mais de 116 milhões de pessoas que se encontram em insegurança alimentar no Brasil de 2021, das quais mais de 19 milhões passam fome, sem contar o aumento absurdo da população em situação de rua”.

O manifesto defende “o direito a um mínimo de dignidade humana, através da aceleração imediata da vacinação e de Auxílio Emergencial de no mínimo R$ 600,00, que apesar de ainda insuficiente, atenua a gravidade da catástrofe que vivemos no Brasil, para que possa haver um lockdown de verdade de pelo menos 21 dias e frear verdadeiramente a propagação do vírus”.

E protestam contra o cortes sistemáticos no orçamento da educação e pesquisa neste país, reduzindo a pó a qualidade do ensino público através da pasteurização do ensino regida pela nova BNCC, buscando criar uma massa acrítica, sem senso coletivo e , portanto, perfeita para ser utilizada como insumo industrial descartável pelo grande capital”.

Ao criticar a postura do governador Renato Casagrande relacionada à abertura de escolas, a nota das entidades sindicais afirma: “Não podemos aceitar o retorno presencial às aulas até que a pandemia esteja controlada, com 70% da população vacinada, contendo a taxa de transmissão. É preciso ouvir a Ciência. Escolas fechadas, vidas preservadas”.

Da mesma forma, enfatizam que “não podemos aceitar que a população continue a ser encaixotada em ônibus lotados, sem as mínimas condições, para atender às necessidades urgentes do capital, que só fez crescer ainda mais seu lucro durante a pior crise humanitária da história”.

O documento diz ainda que, “por isso, nós, movimentos sociais, estudantes, trabalhadoras e trabalhadores, população do campo e demais pessoas que prezam por uma sociedade justa, não toleramos mais esse estado de coisas e exigimos que nossa voz seja ouvida. Se o povo se expõe ao risco, indo às ruas em plena pandemia para se manifestar, é porque seu governo é mais perigoso que o vírus! Por isso, somos vacina no braço, comida no prato e Fora Bolsonaro e Mourão genocidas”.

As bandeiras de luta da manifestação são “Pela Vacinação em Massa Já; “Por um Auxilio Emergencial de no mínimo 600 reais Já!”; “Não à PEC 32 da Reforma Administrativa”; “Pela Quebra das Patentes”; “Por um lockdown de verdade de pelo menos 21 dias e frear verdadeiramente a propagação do vírus”; “Não aos cortes do orçamento da Saúde, Educação e Ciência”; “Não à destruição do Meio Ambiente”; “Não à privatização das empresas públicas”; e “Pela vida!”.

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