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‘Estratégia pautada pela lógica da imunidade de rebanho deve ser condenada’

Gestores da Sesa entendem que negacionismo do governo federal pode levar Brasil a ter o maior número de óbitos

Sesa

“Nós entendemos que toda estratégia que se paute pela lógica da imunidade de rebanho deveria ser condenada e jamais adotada pelo chefe do poder público de um país”. A declaração foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (23) junto com o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

“O contexto em que os governadores e prefeitos tiveram que enfrentar a pandemia no país foi muito duro. Sem ter o apoio econômico necessário, sem ter a legitimação à Ciência, e a opção precoce e oportuna pela aquisição de vacinas que já estavam sendo produzidas no ano passado levou a um contexto de enfrentamento da pandemia muito difícil para os gestores estaduais e municipais”, relatou o secretário.


Nésio Fernandes chamou ainda de sabotagem o que o governo de Jair Bolsonaro vem fazendo. “A ausência de uma coordenação nacional e a omissão diante de temas tão preciosos no momento de grave crise sanitária no país são uma verdadeira sabotagem a tudo aquilo que a ciência e as boas práticas recomendaram dentro do conhecimento adquirido em cada momento da pandemia”, apontou.
Em uníssono na percepção da má gestão federal da crise, Reblin fez projeção pessimista: “o Brasil tende a ser o país com mais óbitos”, declarou. “Países mais populosos encontraram soluções que dependem de uma decisão de governo que o Brasil ainda patina. Temos mais vacinas, mas ainda temos um governo central que não acata as grandes diretrizes estabelecidas pela ciência no controle dessa doença”, criticou.
Diante do contexto nacional ainda desfavorável, os gestores da Sesa marcaram a opção oposta feita pelo governo capixaba. “Renato Casagrande nunca menosprezou a pandemia e buscou o diálogo e a unidade com todos os setores da economia. Conseguimos ‘coesionar’ as instituições”, ressaltou Nésio, destacando o trabalho conjunto com o Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, bancada federal, prefeitos, federações e movimento sindicais, estudantis e sociais na implantação de um “Pacto pela Vida”.
Falando diretamente à população, Nésio e Reblin reforçaram o pedido de “vacina no braço”. “É preciso que toda a sociedade se ‘coesione’, que rejeite toda expressão de negação e sabotagem da doença e que, independente do seu perfil ideológico, político, religioso e espiritual, aposte que as vacinas são a gota de esperança na vida de todo o povo capixaba. Que sejamos um dos primeiros estados do Brasil a alcançar a imunidade plena”, conclamou o secretário.

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