Iniciativa de coletivo que luta pela inclusão de crianças com deficiência vai reunir sociedade civil e prefeitura
O objetivo da reunião virtual foi discutir como o grupo funcionará. A ideia é que as reuniões sejam uma construção coletiva com a participação de mães e cuidadoras de crianças com deficiência, além de representantes das pastas municipais.
A criação do grupo partiu do próprio coletivo, que apresentou a proposta à gestão de Sérgio Vidigal (PDT) em março deste ano. “Quem ganha mais, efetivamente, com a criação deste grupo de trabalho, é a gestão e os munícipes pois estarão, dentro da proposta inicial colocada, participando do controle social”, afirma a fundadora e coordenadora-geral do coletivo, Lúcia Mara Martins.
A proposta inicial citada por Lúcia é que o grupo conte com representantes de pastas como Cultura, Assistência Social, Direitos Humanos e Saúde. “Este importante grupo intersetorial será inédito e favorecerá a construção e consolidação de uma política pública intersetorial de educação especial potente no município da Serra”, diz uma publicação do coletivo nas redes sociais.
Para Lúcia, a criação do grupo é fundamental para o município e irá “levar a gestão para dentro das comunidades”, ajudando a construir as políticas públicas necessárias. Além da criação do grupo, a coordenadora do coletivo disse que pretende procurar a Câmara Municipal para continuar avançando por meio de projetos de lei.
Discussão interrompida
O projeto de construção do grupo foi apresentado pelo coletivo em março, mas a discussão foi interrompida após integrantes terem sofrido agressões por seguranças na prefeitura. No último mês, Sergio Vidigal (PDT) se reuniu com o coletivo e, em nome do município, se desculpou pelo ocorrido.
Na ocasião, o prefeito disse que as agressões foram realizadas por funcionários de uma empresa terceirizada e um processo administrativo foi instaurado para apurar a responsabilidade do ocorrido. “O correto seria, se achasse que houvesse algum risco ao patrimônio público, que se chamasse a guarda municipal para proteger o patrimônio público e não agredir ninguém”, disse o prefeito.
As agressões ocorreram em abril. As mulheres tentavam entrar na sede do Executivo para se reunir com o prefeito, após saberem que a secretária de Saúde, Sheila Cristina de Souza Cruz, não iria participar de uma reunião virtual agendada desde o dia 12 de março. As mães relataram que foram recebidas com truculência pelos seguranças, que tentaram impedir que elas entrassem no prédio.