Aguinaldo Rocha, da Pad-Vix, e aprovados em concurso acionaram o MPES após cancelamento de reunião pela prefeitura de Vitória
A reunião entre a Comissão de Aprovados do Concurso do Magistério de Vitória, o grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (PAD-Vix) e a secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner Vianna Toniati, que ocorreria na tarde desta quarta-feira (14), foi cancelada pela gestão municipal, sem nenhuma justificativa. A decisão motivou a ida dos representantes da Comissão e da Pad-Vix ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), onde fizeram uma denúncia.
“Achamos estranho uma administração que se diz democrática agir dessa forma”, diz o diretor executivo da Pad-Vix, Aguinaldo Rocha de Souza. O professor acredita que o cancelamento foi devido à vigília que seria realizada pelos aprovados no último concurso do magistério, noticiada por Século Diário nessa terça-feira (13). A vigília seria a partir das 14h30, durante a reunião, para reivindicar que a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) convoque os aprovados no certame.
O sentimento que define o ocorrido, segundo o professor Diego D’Ávila, que integra a Comissão, é de decepção. Embora a reunião tenha sido cancelada, os aprovados foram até a Secretaria Municipal de Educação colar os cartazes que seriam utilizados durante a vigília. De acordo com Diego, a Comissão irá se reunir para construir um novo ato.
Aguinaldo relata que questionou o MPES sobre a solicitação feita pela Pad-Vix para que o órgão elenque aos diretores das unidades de ensino municipais informações como cargos não ocupados, contratos temporários, e necessidades de adequação à tipologia da escola. A resposta do órgão ministerial foi de que a solicitação foi encaminhada à Prefeitura de Vitória nessa terça-feira (13), com prazo de resposta de 30 dias. Os dados foram solicitados pela Pad-Vix para que seja possível conhecer mais profundamente a realidade das unidades e tomar as providências cabíveis para melhoria da educação municipal.
Algumas dessas medidas, explica, são a judicialização e a reivindicação aos vereadores para que fiscalizem as ações da Secretaria Municipal de Educação. Aguinaldo afirma que a Pad-Vix não tem informações oficiais sobre as questões solicitadas ao MPES, tendo conhecimento somente de dados “obtidos no corredor”, que é como chama os números que chegam ao grupo por meio de conversas informais com profissionais da educação.