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Pixador capixaba integra exposição no Museu da Língua Portuguesa

Na coluna: nossas artistas na Pinacoteca, Teatro Carmélia um ano depois de protestos, mestres de congo homenageiam Dona Astrogilda

Fechado desde o final de 2015 devido ao grande incêndio, o Museu da Língua Portuguesa reabriu as portas em São Paulo. E logo nesse retorno do espaço, tem trabalho de um grafiteiro capixaba figurando na exposição temporária Língua Solta, que traz alguns exemplos do pixo brasileiro. Trata-se de Ronaldo Gentil, que tem sua simpática tag espalhada por vários locais do Espírito Santo e para além dele. Ao todo são 180 peças na exposição, que fica em cartaz até 3 de outubro, mostrando como o pixo também usa a palavra e a língua portuguesa. Ainda muito criminalizado por ser ilegal e transgressor, o pixo, que muitos artistas consideram também como graffiti, vai ganhando espaço e reconhecimento como arte

João Wainer

Praticamente em frente ao Museu, está a Pinacoteca, que também traz a arte de capixabas. As artistas Kika Carvalho e Castiel Vitorino fazem parte da exposição Enciclopédia Negra, que reúne 36 artistas contemporâneos convidados a produzir retratos dos biografados na publicação de mesmo nome da exposição, que reúne 550 personalidades negras brasileiras.

 

Vídeo registra trabalho de grafiteiro


PMV

Outro grande artista do graffiti capixaba, Starley divulgou nas redes um belo vídeo que registra reflexões e processo de produção de suas novas obras que ilustram os muros do pátio interno do Museu Capixaba do Negro (Mucane), no Parque Moscoso, Vitória. O nome da série é “Iconegrafia”, e ele retratou em pintura realista dois cidadãos “comuns” da região, os comerciantes Dona Juliana e Pintado, que trabalham na Vila Rubim. O vídeo produzido pela Karatapa Films ficou maravilhoso. Confira aqui.

POLÍTICA CULTURAL

 

Um ano depois de protestos, Carmélia ainda aguarda trâmites


Nesta semana completou-se um ano do ato que aconteceu em frente ao Centro Cultural Carmélia M. de Souza, em Vitória, em protesto contra a possibilidade de que o espaço fosse usado como galpão para estocagem de café. Foi uma das primeiras manifestações políticas presenciais no Estado durante a pandemia de Covid-19. A pressão surtiu efeito, sendo que a prefeitura decretou o tombamento provisório do imóvel dias depois e o governo federal, proprietário do espaço, recuou da ideia de uso como armazém e acordou a cessão da edificação para usos culturais pelo governo estadual, cujo processo de trâmite está em fase final, segundo a Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O local, que hoje é usado em parte como sede da TV Educativa (TVE), estava cedido à Prefeitura Municipal de Vitória, que não o utilizava.

O que vem por aí?

O Carmélia foi um dos mais importantes espaços culturais entre os anos 1980 e 1990 no Espírito Santo. A Secult informou que assim que sejam terminados os trâmites para cessão, ainda sem data prevista, serão feitas obras no telhado e no forro e limpeza do local. Em seguida, será transferido para o local a Rádio Espírito Santo para o mesmo prédio em que hoje funciona a TVE. A Secretaria pretende reformar o Teatro Carmélia, localizado dentro do complexo e que também marcou época na cena cultural capixaba, para usá-lo para espetáculos e eventos culturais, assim como para transmissões ao vivo pela equipe de comunicação oficial do governo.

TERRITÓRIOS E CULTURA POPULAR

 

Mestres de congo se encontram em homenagem a Dona Astrogilda


Gabriel Lordello

No dia 21 de agosto, véspera do Dia do Folclore, diversos mestres de bandas de congo do Espírito Santo se reúnem em Vila do Riacho, Aracruz, norte do Estado. O encontro, que está sendo organizado pela Comissão Espírito-Santense de Folclore, foi um pedido do Mestre Antônio feito no velório de Dona Astrogilda, a Rainha do Congo, falecida no dia 19 de julho. Antônio quer apresentar o novo capitão da banda de congo da vila aos demais mestres e prestar uma homenagem a Dona Astrogilda, um grande ícone não só da cultura local mas de todo congo capixaba.

Arquivos históricos do folclore digitalizados 

E falando em cultura popular, estão sendo disponibilizados valiosos arquivos históricos em áudios registrados pelo pesquisador e folclorista Guilherme Santos Neves, falecido em 1989. São gravações colhidas por ele entre as décadas de 1950 e 1980, que estavam sob guarda da família e agora compõem o projeto Registros Sonoros do Folclore no Espírito Santo. Além de ser disponibilizado para o público por meio do site e Instagram do projeto, o material digitalizado também será entregue aos grupos folclóricos identificados no registros sonoros. O projeto é realizado pelo Instituto Goia com produção da Pique-Bandeira Filmes e financiamento pela Lei Aldir Blanc.

Projeto Língua Viva traz arte e cultura do povo Guarani


Depois da primeira fase em que abordou a cultura e arte do povo Tupinikim e da língua Tupi, o Projeto Língua Viva começa ainda em agosto um novo momento, em que divulga uma série de conteúdos multimídia em torno das produções do povo Guarani, outra etnia que vive no Espírito Santo. Além de apresentar trabalhos de fotografia, cinema indígena e mídias digitais, o projeto também terá oficinas gratuitas, lives e outras atividades em torno da língua e da cultura dos Guarani. Saiba mais aqui.

ESPAÇOS E ATIVIDADES CULTURAIS

Galeria de artes abre as portas na periferia de São Mateus

Divulgação

“A Margem” é o nome da galeria de artes inaugurada neste sábado (7) em São Mateus, no norte do Espírito Santo. O local foi criado pela Belas Artes Projetos Culturais no bairro Cricaré, na periferia do município, para dar visibilidade aos artistas locais e da região, com exposição de obras e visitas guiadas agendadas. O local tem como artistas residentes a fotógrafa Raphaiane Costa e o cinegrafista Alif Ferreira, além de estar aberta para receber trabalhos de outros artistas. 

Novo ateliê será inaugurado na Serra com apresentações culturais

Bairro mais populoso da Serra, Feu Rosa, na periferia do município, também ganhará um espaço cultural. Trata-se do Ateliê Maloka em Desencanto, comandada pelo artista Rodrigo Borges, que será inaugurado no dia 14 de agosto. Na ocasião haverá lançamento de zine e atração musical, que será também transmitida pela página do poeta Dasilva no Instagram a partir das 18h.

Sarau Palmarino completa três anos de existência


Evento destacado na promoção da cultura negra e afrobrasileira no Espírito Santo, o Sarau Palmarino celebra neste sábado (7) três anos de existência em mais uma edição online, como vem acontecendo mensalmente desde o início da pandemia. O projeto, que teve início no tradicional Bar da Zilda, no Centro de Vitória, foi idealizado por Lula Rocha, militante do movimento negro e dos direitos humanos falecido em junho passado, que é lembado pelo grupo como referência junto a Ilma Viana, também falecida, que ajudou a criar o Círculo Palmarino, que organiza as atividades. O sarau comemorativo, neste sábado às 15h, será pelo Instagram, com atrações culturais e homenagem ao cientista social Luiz Henrique Rodrigues, pesquisador e ativista dos territórios negros do Espírito Santo.

Outro sarau tradicional, o Sarau da Barão, que ocorre na Rua Barão de Monjardim, também no Centro, completou em julho seis anos de existência, e foi recentemente reconhecido como Ponto de Cultura pelo governo federal.

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