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Ato em Vitória marca mobilização nacional do Dia do Estudante

Protestos em várias cidades do País denunciaram os cortes na educação e voltaram a cobrar o impeachment de Bolsonaro

Comunicação MAB

Representantes do movimento estudantil capixaba realizaram um ato nesta quarta-feira (11) em menção ao Dia do Estudante. Assim como em diversas cidades brasileiras, as mobilizações reivindicam “Vida, pão, vacina e educação”, além de denunciar os cortes orçamentários, o descaso do Governo Bolsonaro, e reforçar a cobrança pelo impeachment.

A mobilização se concentrou na Praça Costa Pereira, Centro de Vitória. Os estudantes realizaram intervenções políticas, além de carregarem faixas com palavras de ordem.

“Precisamos articular as bases em prol das nossas pautas e lembrar quais são as reivindicações, lembrar que a universidade está sucateada, lembrar que vários cortes vêm sendo realizados e que isso está diretamente ligado ao governo Bolsonaro”, ressalta a representante da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Espírito Santo, Emanuelle Kisse.

Durante a manhã, diretórios, grêmios e coletivos também promoveram ações de panfletagem em escolas, faculdades e nos principais pontos da Grande Vitória, como o Terminal de Carapina, Laranjeiras e Campo Grande.

Entidades ligadas ao movimento estudantil em várias partes do Brasil, como Fortaleza, Bahia, São Paulo e Pernambuco, realizaram mobilizações nesta quarta-feira. A situação na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) não é diferente, com sucessivos cortes e bloqueio de verbas.

Os estudantes também se mobilizaram nas redes sociais, com hashtags e publicações abordando os atos. Políticos capixabas, como o senador Fabiano Contarato (Rede) e o deputado federal Helder Salomão (PT), lembraram a data.

“Mesmo sem incentivos, cortes nos orçamentos e a falta de valorização dos profissionais, seguiremos nessa luta. Educação é prioridade! Como disse Paulo Freire: a educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas e pessoas transformam o mundo”, disse Contarato nas redes sociais.

Helder Salomão ressaltou a importância da mobilização dos estudantes nas pautas contra o governo Bolsonaro. “Se as ruas voltaram a ser espaço de luta, nos últimos meses, muito se deve aos movimentos estudantis. São esses/as jovens que, ao lado de outros movimentos sociais, apresentam suas reivindicações. Defendem uma educação pública e de qualidade, protestam por seus direitos e pela garantia de um ensino plural e inclusivo. Usam as ruas, espaço público de conquista e de representatividade, para serem ouvidos e vistos”. afirmou em uma publicação.

Denúncias

Outro assunto levantado pelos estudantes foram os recentes posicionamentos do ministro da Educação, Milton Ribeiro. Esta semana, o representante da pasta afirmou à TV Brasil que a “universidade deveria, na verdade, ser para poucos”.

“Este é o projeto do governo Bolsonaro para a educação. O ministro apenas verbalizou. A entrevista concedida ao Sem Censura da TV Brasil foi um verdadeiro ataque a todas as esferas da educação brasileira. Em menos de uma hora de entrevista o ministro atacou professores, reitores, cotistas, defendeu o agronegócio, deslegitimou as universidades e as graduações”, diz uma nota publicada nas redes sociais.

No Espírito Santo, os estudantes também denunciam o impacto dos cortes na assistência estudantil. Em junho, uma carta aberta aos alunos da Ufes anunciou que 33% dos estudantes em condições de vulnerabilidade socioeconômica poderiam deixar de ser atendidos pela assistência da universidade.

Em entrevista recente ao Século Diário, Karini Bergi, diretora de Comunicação e Cultura do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (DCE/Ufes), afirmou que a entidade constrói uma campanha permanente que reivindica a garantia da permanência dos alunos no ensino superior. “Não podemos permitir que, através dos cortes, expulsem estudantes pobres e negros das universidades”, disse.

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