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​Sindicato denuncia diretor do Hospital Municipal e Pronto Atendimento de Cobilândia

Sinfais encaminhou ofício para a prefeitura apontando “assédio moral” e cobra investigação e providências

O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Vila Velha (Sinfais) encaminhou ofício (026/2021) para a gestão do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), solicitando que o município investigue e adote a providências necessárias em relação ao diretor do Hospital Municipal e Pronto Atendimento de Cobilândia (HMC/PAC), Richard Willian, que, de acordo com o documento, “tem exposto os profissionais a situações constrangedoras e atingido a sua moral, dignidade e autoestima; o que acarreta danos físicos, psicológicos e morais”.

O ofício foi enviado em 26 de julho, mas a entidade afirma ainda não ter recebido retorno sobre o assunto. O Sinfais aponta no ofício, assinado por seu presidente, Ricardo Aguillar, e pela advogada Talita Pereira Mattedi, que, segundo relatos de funcionários, o diretor constantemente se posiciona com atitudes negativas em relação aos profissionais que atuam no HMC/PAC.


Em um dos casos, Richard teria chegado ao local de trabalho, no dia 18 de julho, por volta de 1h, procurando dois servidores, que são um médico e uma técnica de enfermagem e, ao encontrar o médico, que é anestesista, teria ordenado que deixasse o local, ficando sem um profissional dessa especialista para atender os pacientes no hospital.

Já ao encontrar a técnica de enfermagem, teria se referido a ela em tom irônico. De acordo com o ofício, a servidora acredita que isso tenha ocorrido pelo fato de Richard não ter gostado de um comentário feito por ela em uma rede social sobre uma possível mudança nos serviços do Hospital Municipal e Pronto Atendimento de Cobilândia. Após esse encontro entre a servidora e o diretor, em reunião com a coordenação do HMC/PAC, a trabalhadora teria sido informada de que o diretor solicitou que fosse colocada à disposição de outro órgão municipal.
Também consta no ofício que os servidores que presenciaram as duas situações afirmam que o diretor “aparentava estar com o ânimo exaltado no momento, em um estado nervoso”. Ainda segundo o documento, esses episódios não foram situações isoladas.
Outro caso de assédio denunciado é o de que as servidoras públicas da equipe de nutrição são obrigadas a executar tarefas de preparo, armazenamento, esterilização, transporte e distribuição das fórmulas preparadas no lactário, que estão fora das funções do cargo. O diretor teria usado, para isso, “tom sarcástico (…), causando enorme mal-estar às servidoras”.
Além disso, servidores do Programa Melhor em Casa, que, segundo o ofício, utilizam uma sala anexa do PA para exercer suas funções,  teriam sido proibidos de “utilizar a impressora, o banheiro de funcionários, o refeitório e o ponto eletrônico do PAC”.


A entidade destaca no documento que o Código de Ética do Servidor Público Municipal, em seu artigo 4º, aponta os princípios e valores fundamentais a serem observados pelos servidores, entre eles, legalidade, impessoalidade, moralidade, transparência, honestidade, dignidade, respeito, decoro, integridade, independência, objetividade e imparcialidade.

Aponta ainda que no artigo 5º, inciso I, do Código de Ética, é estabelecido que é direito do servidor da Administração Pública Direta e Indireta “trabalhar em ambiente adequado, que preserve sua integridade física, moral, mental e psicológica e o equilíbrio entre a vida profissional e familiar”.
Procurada por Século Diário, a Prefeitura Municipal de Vila Velha (PMVV) se limitou a afirmar que “as informações serão averiguadas e respondidas em momento adequado”.

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