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Retrocesso eleitoral

Evair de Melo, Norma Ayub e Helder Salomão: contra as coligações em 2017, a favor este ano

Leonardo Sá

A volta das coligações para deputados e vereadores aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados na noite dessa terça-feira (17), para além do retrocesso apontado por cientistas políticos e já alguns senadores, que agora votarão a proposta e podem derrubá-la, revelou também contradições de parlamentares que analisaram a extinção do modelo, em 2017. Ocupando cadeiras na época, somaram no placar para extinguir as coligações e criar a cláusula de desempenho, regras que passaram a valer na disputa municipal do ano passado, os deputados do Estado Evair de Melo (PP), Norma Ayub (DEM) e Helder Salomão (PT). Reeleitos aos respectivos mandatos na sequência, participaram da nova votação e, repetindo o posicionamento em primeiro turno na semana passada, consolidaram o “sim” ao retorno, defendendo este ano o extremo oposto. Quer dizer, mudaram…pra pior!

Carona
O desfecho na Câmara vai de encontro aos avanços apontados por especialistas com as mudanças, que fortalecem o sistema representativo ao diminuir a fragmentação partidária, como registrado em 2020, e impede a “carona” de nomes menos votados pelo eleitorado e sem afinidade ideológica, bem como das “legendas de aluguel”. Com um detalhe a mais: a nova regra sequer foi testada em eleições gerais!

Inverso
Levantamento publicado pelo G1 nesta quarta-feira (18) aponta que, assim como os três capixabas, 120 deputados também inverteram a posição. Dos 512 parlamentares que compõem a Câmara, 224 votaram na proposta da reforma eleitoral em 2017. Todas as votações, com fotos e posições, são detalhadas nos dados.

Inverso II
No caso de Evair, Norma e Helder, o “sim” pelo retorno das coligações seguiu as orientações dos partidos. Mas, considerando que essas pouco importaram em diversas votações recentes, não podem servir de justificativa exclusiva para tamanha virada de opinião.

Outro dia
Exemplo mais do que recente, o resultado do placar do voto impresso, no último dia 11. Em sintonia com a estratégia do presidente Jair Bolsonaro, Norma votou a favor, contrariando o DEM. E assim tem ocorrido em diversos casos.

Resistências
Para valer no próximo ano, na disputa de deputados, a volta das coligações precisa ser aprovada em dois turnos no Senado e promulgada até o início de outubro. Tem tudo, porém, para naufragar. Vários senadores já se posicionaram contra, inclusive o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Lupa
No caso de nós, capixabas, os olhos se voltam para Fabiano Contarato (Rede), Rose de Freitas (MDB) e Marcos do Val (Podemos).

Fora de cena
De volta à votação na Câmara, onde estava Neucimar Fraga (PSD)? No primeiro turno, o deputado votou contra as coligações. Nessa terça-feira, se ausentou.

Minoria
De dez parlamentares do Estado, não concordaram com a volta das coligações apenas Felipe Rigoni (sem partido) e Da Vitória (Cidadania).

Maioria
Os apoiadores: além de Evair, Norma e Helder, os deputados Amaro Neto (Republicanos), Soraya Manato (PSL), Lauriete (PSC) e Ted Conti (PSB).

Nas redes
“Chegou a vez da juventude. Neste sábado (21) disponibilizaremos 213 mil vacinas para 1° dose do público acima de 18 anos em todos os municípios capixabas. Vamos lá, turma. Chame seus amigos e vamos juntos fazer a nossa parte. Só assim vamos vencer essa luta e salvar vidas”. Governador Renato Casagrande.

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