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Tabuleiro em formação

Após “largada eleitoral” de Erick Musso, agora é o “time” do Republicanos que percorrerá o Espírito Santo

Leonardo Sá/Redes Sociais

Após a “largada eleitoral” do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), que se movimenta a torto e a direito na direção do Palácio Anchieta em 2022, agora será a vez do seu partido colocar o bloco na rua. A estratégia é semelhante. Assim como faz Erick, com projetos que nomeou para esse ano pré-eleitoral, como o “Diálogo na Mesa”, em que roda o Estado para conversar com lideranças políticas, empresariais e religiosas, o Republicanos anuncia que realizará, “em breve, encontros regionais para debater políticas públicas para o desenvolvimento econômico e social dos 78 municípios do Estado”. O chamado repete o slogan inaugurado há meses pelo presidente da Assembleia: “Seja parte você, também, de um novo tempo”. A diferença é que, para a atual movimentação, está incluído o “time completo” da linha de frente do partido. Além de Erick, o deputado federal Amaro Neto, o estadual Hudson Leal, o ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, e o presidente estadual de legenda e secretário de Governo da Capital, Roberto Carneiro. A entrada em campo dos personagens joga luz nos palanques para o próximo ano. Amaro, sempre cotado para o governo – espaço até agora ocupado por Erick – vai encarar o Senado, quando estará em disputa apenas uma vaga? Ou assumirá a dianteira da chapa estadual, considerando seu potencial de votos? Reeleição, por ora, não parece o foco. Já Meneguelli primeiro disse que a meta era o legislativo e Brasília, citando a Câmara dos Deputados, depois, passou para o Senado…terá mudanças? Hudson, até segunda ordem, é candidato à reeleição. E Erick, antes de entrar em campo oficialmente nessa atual empreitada, é bom lembrar, aparecia também no cenário à Câmara. O tabuleiro que sairá daí definirá um bloco essencial da disputa de 2022, e, consequentemente, as possíveis alianças. O Republicanos cresceu no Estado e divide terreno com o grupo do governador Renato Casagrande (PSB), também já na ativa para a reeleição.

Antes e depois
Amaro foi o deputado federal mais votado em 2018, com 181,8 mil votos, mas não exerce um mandato de destaque na Câmara. Mantém, em contrapartida, a popularidade no Estado por meio do seu programa de TV. No ano passado, em meio às articulações para disputar a prefeitura, primeiro de Vitória, depois da Serra, saiu de cena. Na época, os bastidores comentavam de queda de cotações entre o eleitorado.

Antes e depois II
O deputado, porém, atuou como cabo eleitoral na disputa de 2020, circulando por vários municípios. Alguns do próprio partido, outros não. Alguns vitoriosos, outros também não.

No páreo
Já Meneguelli ficou famoso nas redes sociais e se aproveita disso para viagens como convidado em estados e municípios do País. Não tentou a reeleição em Colatina, foi convidado para integrar a equipe de Lorenzo Pazolini, mas não topou, e se dedica a gravar sucessivos vídeos e realizar palestras. Está no páreo para 2022, e seus seguidores entusiastas acham que ele deveria ser tudo: presidente, governador e senador.

Recente
Hudson Leal vem de derrota em 2020 à prefeitura de Vila Velha. Insistiu na candidatura, mas acabou alcançando apenas 3,20% dos votos (6,4 mil). Como já fazem todos os deputados estaduais que tentarão a reeleição no ano que vem, tem se movimentado no interior.

Mudou tudo
No caso do Erick, personagem que tem tido presença mais constante aqui na coluna, simplesmente porque não para, também vale recordar: começou o ano aliado do governador Renato Casagrande (PSB), passou a se distanciar com movimentos juntos a Pazolini contra as medidas de restrição da Covid, e não parou mais. Quanto mais ele se mexe e o tempo passa, mais deixa claro que tenta pavimentar um palanque ao governo.

Novo teste
Mas, nessa empreitada, precisa ampliar sua capilaridade política, o que “cava” com a cadeira de presidente, escolha de bandeiras de apelo popular e com as reuniões envolvendo atores de diferentes municípios e áreas.

No aperto
Na corrida à reeleição de 2018, Erick chegou a ser considerado pelo mercado na “corda bamba” para se manter no cargo, o que conseguiu com 21,1 mil votos, mantendo-se à frente do legislativo. Dois anos antes, foi derrotado à prefeitura de Aracruz, seu reduto eleitoral, contando com apoio do ex-governador Paulo Hartung, com quem ainda mantém relação e parceria.

Dupla
E Lorenzo Pazolini? À frente da Capital, segunda principal vitrine política do Estado, atuará estrategicamente para efetivar os planos do Republicanos. Com Erick, as movimentações já estão em curso, com críticas a Casagrande e reuniões com setores influentes.

Nas redes
“Tenho sempre falado: a segurança pública está abandonada e respirando por aparelhos no ES. Só em agosto, 108 homicídios. Falta efetivo, condições dignas de trabalho para os policiais e falta, sobretudo, compromisso do Governo com a segurança dos capixabas”. Deputado Erick Musso, do Republicanos.

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