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Presidente do Psol-ES, Toni Gomes, aponta “uma diferença política imensa com os que organizam o ato”

“Não basta pedir o fora Bolsonaro, é preciso tirar Bolsonaro/Mourão/Guedes e suas políticas de exclusão”. Esse é o posicionamento do presidente estadual do Psol, Antonio Gomes, conhecido como Toni Gomes, ao avaliar o fiasco das manifestações da oposição de grupos de direita ao presidente Jair Bolsonaro desse domingo (12). Em Vitória, como no restante do País, a carreata também não conseguiu motivar a população.

Toni foi reconduzido ao cargo nesse sábado (11), no VII Congresso Estadual do partido, que levou o nome de Lula Rocha, em homenagem ao ativista falecido recentemente, em Vitória. Segundo ele, o Psol não esteve na manifestação organizada por grupos bolsonaristas que passaram para a oposição, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, porque as bandeiras de luta são opostas.


“Temos uma diferença política imensa com os que organizam esse ato. Somos contra o Marco Temporal, contra a PEC 32 [reforma administrativa], contra a privatização dos Correios, contra os cortes na educação”, afirma, pontuando que ficou demonstrado que não há, com esses grupos, “nenhuma aproximação dos movimentos sociais, porque suas ações nas instituições legislativas são de comportamento antipovo”.

O dirigente partidário destaca que o Brasil atravessa uma situação de grande risco à democracia e avalia que a “fraca adesão da população às manifestações de domingo, tanto no Estado como no Brasil, mostrou que a população sabe que esses grupos de direita não a representa”.
O presidente do Psol indica as manifestações programadas para o dia 2 de outubro, puxada por partidos de esquerda, movimentos sociais e centrais sindicais, entidades estudantis e outros representantes da sociedade civil, seguindo o mesmo formato dos quatro protestos já realizados, com o protagonismo da esquerda. “As manifestações do dia 2 terão grande adesão dos movimentos sociais e da população; a gente já percebe isso pelas reações que as comunidades demonstram quando o ato passa”.

Fiasco
Os atos contra o presidente Jair Bolsonaro realizados nesse domingo foram marcados pela reduzida participação de manifestantes, não somente em Vitória, mas em todas as cidades onde grupos de bolsonaristas que mudaram de lado saíram às ruas. Em Vitória, a concentração ocorreu na Praça do Papa, em Vitória, seguindo para Vila Velha, passando pela Terceira Ponte, com encerramento na Prainha, pouco mais de duas horas depois.

Em São Paulo, era esperado um número maior, mas a concentração não passou de seis mil participantes na Avenida Paulista, com palanque armado onde se apresentaram nomes sinalizados como a chamada a terceira via para disputar a Presidência da República em 2022, todos oriundos de grupos da direita e representantes da elite empresarial e financeira.

Estiveram por lá os presidenciáveis João Dória (PSDB), governador paulista, Ciro Gomes (PDT) e Henrique Mandetta (DEM), e a deputada federal Tabata Amaral (prestes a se filiar ao PSB), todos ligados a alas direitistas relacionados a grupos empresariais e ao agronegócio.

O MBL e Vem Pra Rua, organizadores das manifestações, integram movimentos que nasceram por meio de investimentos de organizações norte-americanas interessadas em alterar regimes de governo nacionalistas em países da América do Sul e do leste europeu. Como novas estratégias, foi criada a chamada guerra híbrida, que consiste em projetos de desestabilização de governos progressistas, com a utilização de comunicação de massa e outras áreas de influência na sociedade. 

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