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As instituições democráticas

É preciso buscar sempre uma estabilidade entre as forças da sociedade que estão em permanente disputa

As pessoas em nossa sociedade devem sempre ficar atentas ao seu poder de compra, a sua produção, ao comércio e seus preços, pois o nosso bem-estar depende além de nossos direitos básicos, como habitação, alimentação, educação, saúde, vestes, lazer, cultura e etc., de um bom gerenciamento da economia e das políticas públicas do nosso povo, o que deve ser objetivo estratégico na sociedade que queremos e estamos construindo com as escolhas no dia a dia.

A democracia pressupõe a convivência de ideias diferentes, o seu debate permanente, e a escolha de uma delas pela maioria, cabendo a todos respeitar a escolha. São nessas horas que observamos a importância das instituições que nos representam e que, de modo coletivo, organizam e coordenam as tomadas de decisões nos assuntos polêmicos, como a regulamentação das relações de trabalho, comércio, consumo, controle de preços e de inflação, que são exercidas pelos poderes executivo e pelo poder legislativo, para nos representarem por meio de leis, decretos e normas, buscando relativizar e equilibrar os interesses conflitantes. Os representantes desses poderes buscam defender os interesses de quem os elegeu, daí a importância de escolher representantes que se identifiquem com nossos interesses e necessidades.

Quando a sociedade fica dividida, os cenários vão se tornando complexos e não encontramos um acordo fácil entre o executivo e o legislativo, busca-se uma solução baseada em nossas leis, tendo como referência a Constituição, utilizando, para isso, o poder Judiciário como árbitro, quando sua decisão deve ser acatada e cumprida pelos conflitantes.

O Brasil caracteriza-se por estar construindo uma democracia, do ponto de vista histórico, ainda infantil, por isso ainda muito frágil, ainda não consolidada, onde seu povo, por ter vivido muito tempo governado por meio da força e do autoritarismo, ainda não reconhece a importância e valor de se ter numa democracia, instituições sólidas, fortes e enraizadas no meio popular, com legítimos representantes do seu povo, de seus interesses e necessidades.

Nosso país atravessa uma fase de transição, do autoritarismo para a democracia, sustentado por uma Constituição Cidadã, elaborada e aprovada pela ampla maioria do congresso em 1988, representando a vontade da maioria da população, Constituição esta que, atualmente, está sendo atacada e precisa ser defendida pelo povo brasileiro.

O Brasil, atualmente, dada a fragilidade e as dificuldades da nossa cultura democrática, enfrenta alguns ataques à Constituição Cidadã e à democracia, principalmente as liberdades, direitos e interesses da parcela mais fragilizada de nosso povo, que numericamente é a maioria da população.

A democracia é um ente vivo, dinâmico, que se movimenta para lá ou para cá, de acordo com a correlação das forças divergentes em disputa. Daí a importância das instituições democráticas, que representem legitimamente os interesses de cada setor que compõem nossa sociedade.

Um regime democrático permite infinitas possibilidades de divergências, é preciso buscar sempre uma estabilidade entre as forças que estão em permanente disputa, e esta estabilidade quem pode oferecer são as instituições que nos representam, principalmente nos momentos de crises.

Daí a importância da resistência democrática, organizada em instituições fortes, capazes de representar os nossos desejos, interesses e necessidades, seja no meio estudantil, no trabalho, na produção, no comércio, na moradia, nas igrejas, na cultura, no lazer, no esporte, em todos os setores de nossa vivência, porque para manter nosso bem-estar, nesta frágil democracia brasileira, é preciso estar organizado para resistir aos ataques adversários todos os dias.

É tempo de organizar, resistir e fazer escolhas de representantes que se identifiquem com nossos interesses, que numa democracia viva estão em permanente disputa.

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