Deputado estadual Renzo Vasconcelos e o ex-prefeito Sergio Meneguelli: parceria para as eleições?
Do entendimento das duas lideranças, resultará alterações na formação de chapas para as eleições do próximo ano, a partir da troca de partido pelo ex-prefeito. Tudo depende da permanência de Meneguelli no Republicanos, ameaçada caso não receba a garantia de que será candidato ao Senado. Caso contrário, Meneguelli se mudará para o Pros, como afirmam os meios políticos.
Renzo permanece no PP até a janela partidária, mas já atua à frente do Pros, após assumir a executiva estadual seu chefe de gabinete, Kauê Oliveira. A mudança gerou polêmica interna, ao tirar do cargo o então presidente do partido, Sandro Locutor.
O deputado e Meneguelli possuem reduto partidário em Colatina, noroeste do Estado, mesmo município dos deputados federais Josias da Vitória (Cidadania) e Paulo Foletto (PSB) – licenciado para assumir a Secretaria de Estado de Agricultura -, candidatos potenciais à reeleição. Essa situação os coloca frente a frente com Renzo, um deputado estadual em primeiro mandato e sem grandes atuações na Assembleia Legislativa. No entanto, ele poderá contar com a popularidade do ex-prefeito, ampliada em redes sociais para todo o país, e tentar seu projeto de âmbito nacional.
Por meio de redes sociais, Meneguelli mantém discursos e oposição à classe política, o mais recente contrário às federações partidárias, união de partidos por um período de até quatro anos, às quais ele chama de fruto da “ganância dos nobres parlamentares”. Em vídeo, ele lembra que a medida, aprovada em 27 de setembro com a derrubada de veto presidencial, é a “legalização da falta de respeito”.
A candidatura ao Senado do ex-prefeito encontra resistências no Republicanos, acrescentam os bastidores políticos, que sinalizam entre outros empecilhos a própria movimentação do presidente do partido, deputado estadual Erick Musso, que passa por indicações que vão de candidatura à Câmara, ao Senado e até ao governo do Estado.
Segundo os meios políticos, Musso teria que se contentar em concorrer à Câmara Federal ou a mais uma reeleição, pois apesar de estar no terceiro mandato na Presidência da Assembleia Legislativa, não conseguiu construir cacife eleitoral abrangente que permita voos mais altos. Com a aliança do Republicanos com o PP em nível nacional, a situação fica ainda mais complicada para ele.
Isso ocorre porque envolve aliados e adversários do presidente Jair Bolsonaro, mesma corrente de Erick Musso, e do governador Renato Casagrande. O PP estadual é comandado pelo ex-deputado federal Marcus Vicente, atual secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, aliado do governador, que é do PSB, opositor de Bolsonaro.
Erick Musso segue com a campanha “Poder e Fé”, atuando no meio evangélico. Para isso conta com grupos de pastores alinhados ao discurso religioso/populista do presidente Jair Bolsonaro, entre eles o ex-deputado Esmael de Almeida, diretor de Infraestrutura e Logística da Assembleia Na última quinta-feira (7), ele recebeu em seu gabinete vários pastores, que oraram e entoaram o cântico “Deus, sara esta nação”, da pastora e cantora gospel Fernanda Brum.
A cantora esteve nessa sexta-feira em Brasília, na CPAC Brasil, o maior evento conservador do Brasil. É seguidora do presidente Jair Bolsonaro, na articulação liderada pela também pastora e ministra da Mulher, Damares Silva. Brum e o esposo, pastor Emerson Pinheiro, foram convidados para cantar o Hino Nacional na abertura do evento. Dezenas de artistas, políticos, influenciadores digitais e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro participaram.