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​Eduardo Leite no Estado alvoroça ninho tucano e reúne Max, Rigoni e Majeski

Max Fillho, Felipe Rigoni e Sergio Majeski são cotados para a chapa de deputado federal pelo PSDB

Leonardo Sá/Ales

“A escolha nacional mobiliza toda a militância. A disputa entre João Doria [SP] e Eduardo Leite [RS] interdita o diálogo nos estados”. A declaração do ex-prefeito de Vila Velha Max Filho, uma das lideranças do PSDB no Espírito Santo, dá o tom da visita a Vitória, neste sábado (23), do presidenciável Eduardo Leite, governador tucano do Rio Grande do Sul. O encontro com lideranças, a ser realizado em um cerimonial da Capital, reunirá os deputados Felipe Rigoni, federal, de saída do PSB, e o estadual Sergio Majeski (PSB), que estaria retornando à sua antiga sigla.

Os dois são apontados como prováveis membros do partido, com lugares garantidos na chapa para 2022, seja à Câmara Federal, juntamente com Max Filho, ao Senado, ou ao governo do Estado. Em campanha para as prévias que irão escolher o candidato a presidente da República, a chamada terceira via, que disputa com o governador paulista, Joao Doria, Leite leva vantagem, apesar da neutralidade anunciada por lideranças políticas capixabas.

Felipe Rigoni, apesar de cotado para a reeleição, vem conversando com Eduardo Leite e pretende liderar uma chapa ao governo do Estado, conforme apontam os bastidores políticos.  No entanto,  essa decisão fica na dependência de acertos da cúpula em nível nacional.  

Ao ser questionado se sua filiação ao partido seria anunciada neste sábado, Sergio Majeski pontua: “Ainda não”, mas acrescenta que estará presente ao evento, mesmo posicionamento do deputado estadual Emílio Mameri, um dos três da bancada tucana na Assembleia Legislativa, que se declara favorável a Eduardo Leite.

“Defendo sua candidatura porque ele agrega, sempre dialoga”, diz Mameri, e justifica que, “para o propósito do PSDB, ele é o melhor nome, porque abre a possiblidade de atrair novos filiados, não apenas por ser jovem, mas porque realiza uma excelente gestão”.

O parlamentar, em seu primeiro mandato, adota uma postura diferente do presidente do partido no Estado, deputado Vandinho Leite. Segundo sua assessoria, ele não quer comentar a disputa entre Eduardo Leite e João Doria antes das prévias, apesar de o mercado político apontar sua preferência pelo governador do Rio Grande do Sul.

Essa posição de neutralidade é idêntica à de Max Filho, embora o ex-prefeito reconheça que a cúpula do partido se mostra favorável a Eduardo Leite e lembra o senador Tasso Jereissati (CE), liderança tucana de peso, que desistiu de disputar as prévias em favor do governador gaúcho.

Essa é a segunda vez que Eduardo Leite virá ao Estado, em busca de apoio para encabeçar uma chapa para a Presidência da República. A primeira ocorreu em junho, dois meses antes de visita de João Doria, em agosto. Nos dois casos, o governador Renato Casagrande se manteve distante das articulações, apesar do alinhamento do PSDB estadual com o governo.

Essa aliança, inicialmente por meio dos deputados Emílio Mameri e Marcos Mansur, foi ampliada com a reaproximação de Vandinho Leite, que se distancia do bloco bolsonarista formado pelos deputados Capitão Assumção (Patri), Torino Marques (PSL) e Calos Von (Avante).

Max Filho comenta: “A aproximação do partido a Casagrande não representa um alinhamento automático e sistemático para 2022. A bancada na Assembleia tenta ajudar o governo”.

Para o ex-prefeito de Vila Velha, “o partido sofreu revezes muito grande em 2018 e hoje procura juntar forças para formar uma chapa atraente, com os três deputados estaduais e a chance de restaurar uma cadeira na Câmara dos Deputados”.

O maior dos revezes ocorreu a partir da campanha de 2018. Na época, o comando partidário era do ex-vice-governador César Colnago, sob o controle do então governador Paulo Hartung. O saldo eleitoral foi desastroso, com derrotas do próprio Colnago à Câmara Federal e de Ricardo Ferraço à reeleição para o Senado.

Atualmente, Ricardo Ferraço, hoje na presidência do DEM, em processo de fusão com o PSL para fundar o União Brasil, se prepara para concorrer ao Senado. Colnago, ainda no PSDB, mas sem a influência nas decisões do partido, busca apoio para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa, embora circule pelo Estado manifestando interesse no governo do Estado.

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